Há ex-agentes do Serviço de Informações a trabalharem para políticos e empresários na recolha de dados privilegiados para as respectivas actividades – um dado confirmado pelos responsáveis da Intellcorp, a primeira secreta privada nacional.
A empresa Intellcorp, que integra ex-quadros do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), está a trabalhar para políticos e empresários “no domínio das gestão e recolha de informações”, apurou o Diário de Notícias.
A publicação avança que um dos dirigentes desta empresa é Rúben Ribeiro, ex-quadro superior do SIED, e refere que “há pelo menos outros dois ex-espiões entre os colaboradores que foram do SIED e outro do SIS”.
O co-fundador da Intellcorp, David Santos, diz ao DN que a empresa já tem “alguns políticos e empresários clientes, em Portugal e no estrangeiro”.
O objectivo desta “espécie de secretas privadas” é prestar serviços a “políticos com ambição de ascensão a qualquer tipo de poder e a políticos já estabelecidos”, ou a “empresários que querem estar preparados para os desafios com que se comprometeram”, conforme frisa o diário.
Trata-se da primeira empresa deste género a ser constituída em Portugal, propondo-se a recolher informações “não só através de fontes abertas, mas também através dos canais próprios e contactos que têm”, explica David Santos ao jornal.
“Conseguimos em poucas horas saber tudo ou quase tudo sobre alguém“, refere o dirigente da empresa.
O constitucionalista e ex-presidente do Conselho de Fiscalização das secretas, Jorge Bacelar Gouveia, releva no DN que este serviço não encerra qualquer ilegalidade e que se “assemelha ao dos detectives privados, uma actividade que não está legislada e permite alguma liberdade de acção”, concluindo assim, que a Lei devia ser “mais apertada”.
ZAP
Ao que isto chegou. Então estes senhores, estejam no ativo ou não, estão obrigados a segredo.
Estes senhores continuam a receber do estado (CGA) a respectiva pensão, e não lhes é pedido o cumprimento da confidencialidade que o cargo que exerciam exige?….
É inacreditavel que o ex-presidente do conselho de fiscalização das secreta , o socialista Bacelar Gouveia já nosso conhecido pelas suas opiniões aberrantes venha dizer-nos que não há ilegalidades e que está tudo bem nesta “pide” privada, só falta agora a Comissão Nacional de Proteção de de dados tambem vir dizer que esta atividade é legal….