Polícia Judiciária investiga incêndio no centro hospitalar de São João. Ação intencional é tida como hipótese

José Coelho / Lusa

Hospital de São João, Porto

Paciente que terá provocado o foco estava internado no serviço de pneumologia, tendo diagnóstico de doença mental para a qual estava a ser medicado.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio que deflagrou ontem à tarde no 9.º piso do centro hospitalar de São João, que vitimou um doente e feriu outras cinco pessoas. O objetivo será perceber se na origem do fogo esteve uma ação intencional ou negligente, descreveu ao Expresso Pedro Silva, coordenador da investigação.

De acordo com os últimos relatos, o incêndio terá sido provocado por um paciente internado na unidade de pneumologia que padece de problemas graves, com metásteses, em fase adiantada e não suscetíveis de serem intervencionados. Terá também problemas de saúde mental, para os quais estava a ser medicado, apesar de, segundo a SIC Notícias, terem acontecido falhas na administração dessa medicação durante o dia de ontem.

“Existe a possibilidade deste senhor ter ateado o fogo com chama direta com um isqueiro às roupas da cama. Ou acendido um cigarro. Estamos a investigar se foi intencional ou por negligência”, adiantou ainda o responsável ao semanário

Ainda segundo o Expresso, existe a proibição de fumo em todos os espaços do centro Hospitalar de São João, pelo que a hipótese de o fogo ter sido causado por um cigarro, tal como foi avançado por alguns meios de comunicação esta manhã, não ainda já confirmada pelas autoridades encarregues de investigar o sucedido.

Quase certo é que a existência de botijas de oxigénio nas proximidades do local onde o incêndio fogo se iniciou terá ajudado à propagação das chamas e até ao combate das mesmas pelos bombeiros — que caracterizaram a situação como sendo de “extrema complexidade“.

Do incêndio resultou uma vítima mortal, a qual estava internada no quarto onde o incêndio teve origem e que, por uma situação de debilidade física, foi incapaz de fugir. O paciente que terá ateado o fogo — não se sabendo ainda de que forma — ficou com queimaduras graves e, de acordo com os relatos, acordou já envolto em chamas no chão da unidade hospitalar. Registam-se ainda mais quatro feridos, dois dos quais chegaram a estar em situação de paragem respiratória. Afetados pelas chamas foram também cinco profissionais de saúde, que receberam assistência na urgência.

O departamento de comunicação do Centro Hospitalar de São João tinha prevista a publicação de um comunicado com mais explicações para o sucedido para a manhã de hoje, tendo adiado essa informação para a tarde.

ZAP //

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