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Polícia ficaria sem 4 mil agentes num dia – se o Governo cumprisse o estatuto

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ZAP

Há cada vez menos candidatos na PSP. Medida inserida no Orçamento do Estado impede muitos agentes de entrarem na pré-reforma.

Os dados não são novidades: ao longo das últimas duas décadas o número de candidatos a entrar na Polícia de Segurança Pública (PSP) esteve quase sempre a descer.

No ano passado, apareceram menos de 3 mil candidatos ao curso de guarda da PSP – e a maioria é excluída, ou nas provas físicas, ou depois no teste final.

Numa altura em que seriam precisos 22 mil agentes, há pouco mais de 20 mil nos quadros da PSP.

O salário não é muito atractivo e tem-se acumulado a ideia de que estar na polícia é sinónimo de muitos problemas, de serem “alvo” de tudo e todos. A admiração, o respeito, passaram a ser outros. Além disso, o recrutamento ocorre em Lisboa: vida mais cara, mais crimes, mais riscos.

E depois continua a norma-travão do Governo, que consta (novamente) no Orçamento do Estado, que impede a pré-aposentação de efectivos da PSP: “Há mais de 3 mil agentes que reúnem as condições para a pré-aposentação, 55 anos de idade e 36 de serviço. Só que o Governo impede estes homens e mulheres de exercerem um direito que está consagrado no estatuto da PSP“, reclama um oficial da PSP, no Nascer do SOL.

A mesma fonte reforça que, na Polícia Judiciária e na Guarda Nacional Republicada, não acontece o mesmo. Se um guarda tem 55 anos de idade e 36 de serviço, “passa quase automaticamente, se for essa a sua vontade, à pré-aposentação”.

Bruno Pereira, líder do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, acredita que a tal norma-travão é “inconstitucional” porque é uma “norma-excepção”, que se prolonga há mais de 10 anos, sempre inserida no Orçamento do Estado.

“Portanto, tem sido prática habitual que contraria naturalmente a natureza excepcional de uma norma dessas para travar um direito que é um direito que está previsto na lei. Isso só acontece porque o recrutamento tem, ao longo desses 10 anos, caído a pique”, lembra.

Caso a lei (estatuto da PSP) fosse cumprida normalmente, sem estas normas a travar as reformas, iria haver “um desmoronamento catastrófico com a saída em avalanche de quase 4 mil polícias que neste momento têm condições para passar à pré-aposentação. Veja bem o que era a polícia, de hoje para amanhã, perder 4 mil polícias“, avisa Bruno Pereira.

ZAP //

1 Comment

  1. Tem de pagar mais sr Montenegro mais a todos polícias militares médicos professores infermeiros, poupe nos juízes inúteis e meta os palalhacinhos das lojas de cidadão e departamentos de finanças a trabalhar por objectivos e despeça qualquer animal k esteja de baixa psicológica a mais d 10 anos, isto tudo pk os ordenados em Portugal são anedoticos seja no estado ou no privado e os dirigentes políticos ou patrões têm de entender k as desculpas da treta podem mete las no …. não pagam é au revoir bybye amanhem se com os brasileiros com os braços montados ao contrário e com os neurónios em super slow motion. Já agora é favor lembrarem se da igualdade salarial sff anda prai mt troll a ganhar mais k uma mulher e não faz nem metade.

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