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Polícia dos EUA reabre caso de Clotilde Arruda, portuguesa que desapareceu há 35 anos

Bristol County District Attorney's Office

Clotilde Arruda Tremblay desapareceu há 35 anos.

A polícia norte-americana está a investigar novamente o desaparecimento de Clotilde Arruda Tremblay, uma emigrante açoriana que foi vista pela última vez em Fall River, em Massachusetts, há 35 anos. Clotilde tinha 33 anos, na altura.

As autoridades estaduais e locais anunciaram esta semana a reabertura do caso e estão a pedir ao público que forneça qualquer informação relacionada com a portuguesa.

“Até à data, os esforços da polícia para localizar Clotilde não tiveram êxito e o seu desaparecimento é considerado suspeito”, lê-se num comunicado emitido pela Procuradoria do Condado de Bristol, citado pelo The Herald News.

O desaparecimento de Clotilde nunca foi denunciado às autoridades pelo marido. O resto da família da mulher também rejeita a teoria proposta pelo marido.

“O marido, Robert Tremblay, alegou que Clotilde o tinha abandonado em 1988 e fugido com outro homem, mas nunca denunciou o seu desaparecimento às autoridades policiais […]. Apesar da sua afirmação, não há vestígios de Clotilde desde essa altura”, lê-se na nota da procuradoria, citada pelo jornal norte-americano.

Conhecida como “Claudette”, a açoriana era operária fabril na F&B Brad Company, uma fábrica perto de sua casa, no condado de Bristol. Casada desde 1980 com Robert, o casal tinha uma filha, que tinha oito anos quando a mãe desapareceu.

“A sua família descreveu Clotilde como sendo extremamente próxima da sua filha e a sugestão de que ela desapareceu voluntariamente deixando a filha para trás não é possível”, lê-se ainda no comunicado.

“Por essa razão e pelas circunstâncias do desaparecimento, tanto os membros da família de Clotilde como o seu vizinho acreditam que algo aconteceu naquela altura”, acrescenta a polícia.

A reabertura do caso do desaparecimento da emigrante natural de São Miguel surge após o condado de Bristol ter reativado a Iniciativa de Pessoas Desaparecidas, em agosto do ano passado.

Daniel Costa, ZAP //

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