Afinal, não havia 10 mil euros. Polémica com camisola de CR7 para ajudar crianças doentes

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O Sorriso do Afonso / Facebook

Afonso Travassos com os pais e Isa Dias com a mãe – e com a camisola doada por Cristiano Ronaldo para o leilão.

Uma camisola doada por Cristiano Ronaldo para ajudar duas crianças doentes na Lousã foi leiloada por 3500 euros. Mas chegou a ser licitada por 10 mil euros.

A situação caricata é relatada pelo Correio da Manhã (CM) depois de a camisola de Cristiano Ronaldo no Al Nassr, devidamente autografada, ter sido leiloada por 3500 euros.

A licitação foi feita a três minutos do fim do prazo do leilão por uma mulher de Marco de Canaveses, apurou o CM.

Mas a licitação mais alta chegou aos 10 mil euros. Só que, depois de ter sido contactado, o autor desta proposta referiu que, afinal, não estava interessado e que alguém tinha usado os seus dados sem o seu consentimento, relata ainda o mesmo jornal.

Houve ainda outros licitadores que, quando foram contactados, “ou não atendiam, ou diziam que o valor que deram era superior às suas reais capacidades financeiras“, acrescenta o CM.

No fim de contas, o leilão rendeu 3500 euros, um valor que vai ser dividido entre os pais de Afonso Travassos, de 19 anos, e de Isa Dias, de 7 anos.

As duas famílias da zona da Lousã, no distrito de Coimbra, conseguiram chegar a Ronaldo através do agente de jogadores Pedro Pedrinho que conhece o treinador do Al Nassr, Luís Castro. Foi o técnico que falou com Ronaldo no sentido de autografar a camisola para o leilão.

Os donativos e apoios são essenciais para as duas famílias sobreviverem, e para pagarem os tratamentos e as necessidades permanentes dos dois jovens.

Afonso precisa de 8 mil euros para novo tratamento

Afonso, de 19 anos, sofreu uma paragem cardio-respiratória na escola quando tinha 15 anos. Ficou vários minutos sem respirar, o que lhe provocou uma paralisia cerebral.

A mãe de Afonso, Ana Travassos, contou à revista TV7 Dias que o dinheiro angariado é para ajudar a fazer um novo tratamento pioneiro em Braga, “através de propagação de ondas magnéticas cerebrais, em que 20 sessões são oito mil euros”.

“Nada é comparticipado pelo Estado”, queixa-se Ana Travassos, frisando que “os poucos subsídios a que o Afonso tem direito não contemplam este tipo de coisas”.

Isa precisa de 2500 euros para almofada especial

Isa, de 7 anos, sofre de uma síndrome rara – F.I.R.E.S. – que lhe deixou sequelas neurológicas graves.

Foi diagnosticada aos 10 meses e as terapias intensivas têm ajudado a melhorar a mobilidade da menina, mas os gastos mensais da família são elevados.

“São 40 euros por hora e faz três vezes fisioterapia, duas de terapia ocupacional e de terapia da fala, são sete horas por semana, mais a medicação, fraldas, transporte”, conta a mãe Carla Dias à TV7 Dias.

“O tratamento em Braga é que é mesmo muito caro. Um ciclo são quatro semanas e são 4100 euros. Ela faz ou sete ou oito semanas”, relata ainda a mãe de Isa, notando que a família só consegue pagar “com estes eventos ou com as tampinhas”.

A mãe de Isa precisa de 2500 euros para pagar uma almofada personalizada para a cadeira de rodas da filha.

A entrega de tampinhas de embalagens (de água e iogurte líquido, por exemplo, e de caricas podem ajudar as duas famílias a obter fundos.

ZAP //

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1 Comment

  1. Infelizes estes pais e crianças que não têm os contactos das gémeas brasileiras, as quais, tanto quanto se sabe, só em cadeiras de rodas não levantadas desperdiçaram cerca de 6 vezes mais do que estas pessoas cujos pais descontam cá impostos necessitam….

    Se fossemos falar nos milhões gastos nos medicamentos dessas duas gémeas a desproporção era ainda maior e mais vergonhosa… tanto que é melhor nem lembrar…. pois foi dinheiro pago pelos meus impostos e também dos destes pais em necessidade que para os seus filhos nunca receberam semelhante interesse….

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