Planeamento do regresso às aulas é um “fracasso clamoroso”, diz líder do CDS

Francisco Rodrigues dos Santos / Facebook

Francisco Rodrigues dos Santos

O líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, classificou de “fracasso clamoroso” o planeamento para o regresso do ano escolar feito pelo governo.

“O planeamento para o regresso do ano escolar é um fracasso clamoroso por parte do Governo, porque gerou nas famílias um enorme receio e incerteza face à retoma das aulas presenciais”, declarou esta segunda-feira, à margem duma visita à 54.ª Edição da Capital do Móvel – Feira de Mobiliário e Decoração – Associação Empresarial de Paços de Ferreira, que está a decorrer na Alfândega do Porto.

Francisco Rodrigues dos Santos reiterou que não é com os apelos da ministra da Presidência, dizendo que as famílias podem estar “sossegadas e ter confiança, que os portugueses vão acreditar piamente e quase fazendo um juízo de fé nas suas palavras, quando a atitude do Governo corre completamente em sentido contrário”.

“Estamos a uma semana do início das aulas e há um conjunto de respostas que ainda não foram dadas pelo Governo”, criticou Francisco Rodrigues dos Santos, recordando que o CDS colocou na semana passada “seis perguntas” ao Governo, mas que pelo menos em quatro ainda não foi dada “uma única palavra”.

Vários especialistas, políticos e parceiros sociais voltam esta segunda-feira a reunir-se, agora no Porto, para analisar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, com as apresentações em transmissão aberta pela primeira vez.

As questões que o líder do CDS refere que não foram respondidas pelo Governo estão relacionadas com o facto de ainda não haver respostas sobre as regras para os alunos “doentes de risco no âmbito da covid-19” e com “necessidades especiais”, ou as regras para o transporte [público ou escolar] dos estudantes para as escolas e ainda sobre quando vão ser entregues os computadores ou ‘tablets’ para os alunos poderem acompanhar o ensino à distância.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela AFP. Em Portugal, morreram 1.840 pessoas das 60.258 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

// Lusa

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