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Oscar Pistorius
Quase 11 anos depois de ter matado a namorada, o antigo campeão foi para casa pela primeira vez. Mãe de Reeva já reagiu.
O antigo campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius saiu hoje da prisão, cerca de 11 anos depois do homicídio da namorada Reeva Steenkamp, disseram as autoridades penitenciárias.
Pistorius, 37 anos, está “agora em casa”, sob liberdade condicional, tendo sido “admitido no sistema penitenciário comunitário” acrescentou o Departamento dos Serviços Penitenciários (DCS) sul-africanos, em comunicado.
“Nós, que continuamos aqui, fomos condenados para a vida”, afirmou, numa declaração escrita a mãe da vítima, June Steenkamp.
Pistorius cumpriu quase nove anos da pena de 13 anos e cinco meses de prisão pelo homicídio da namorada, em 14 de fevereiro de 2013.
A liberdade condicional foi aprovada em novembro, tendo o antigo atleta sido libertado da prisão de Atteridgeville, em Pretória, durante a madrugada.
Na África do Sul, os delinquentes graves podem beneficiar de liberdade condicional depois de cumprirem pelo menos metade da pena.
O caso
Oscar Pistorius matou a namorada, a modelo holandesa Reeva Steenkamp, na manhã de 14 de fevereiro de 2013, em sua casa, na capital da África do Sul, disparando quatro vezes através da porta da casa de banho fechada.
O Sul-africano alegou que tinha confundido a namorada com um intruso e disparou em pânico, tendo tido uma primeira condenação de cinco anos de prisão que foi anulada pelo Supremo tribunal que considerou ter havido intenção clara de matar.
No ano seguinte, logo no primeiro dia do julgamento, fez uma declaração emocionada em tribunal ao pedir desculpas à família da namorada. Disse que disparou porque estava “a tentar proteger” Reeva e contou que tinha “pesadelos horríveis” e que frequentemente acordava à noite e sentia cheiro de sangue.
Em tribunal foi declarado que o atleta sofre de depressão grave, embora não tivesse qualquer problema mental no dia do crime. Em 2016 foi hospitalizado – tentou cortar os pulsos na prisão.
Pistorius nasceu com um problema genético que levou a uma amputação das pernas, abaixo dos joelhos, aos 11 meses de idade.
Apesar disso, alcançou o topo do atletismo nos Jogos de Londres de 2012, onde se tornou o primeiro atleta com as duas pernas amputadas a competir nos Jogos Olímpicos com outros atletas não deficientes.
ZAP // Lusa
