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Pinto Luz não se resigna a disputar “campeonato dos pequeninos”

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José Sena Goulão / Lusa

Miguel Pinto Luz apresenta campanha à liderança do PSD

O candidato à liderança social-democrata afirmou, esta segunda-feira, não se resignar a um partido que disputa o “campeonato dos pequeninos” ou é “uma segunda escolha do PS”, pedindo a “quem não gosta deste PSD” que se afaste.

Na apresentação da sua candidatura à liderança do PSD, em Lisboa, o vice-presidente da Câmara de Cascais disse ter a ambição de vencer as eleições diretas de 11 de janeiro para “ganhar as próximas autárquicas e, naturalmente, reconquistar a confiança dos portugueses para liderar o governo” do país.

Sem nunca mencionar o nome do atual presidente do partido, Rui Rio, Miguel Pinto Luz lamentou que haja “quem só gosta de uma parte do PSD”.

“Eu não sei o que é gostar a 50%, ou a 70% ou a 80%. Ou se gosta do PSD ou não se gosta do PSD! E quando se gosta do PSD, não se diminui o partido, concelhia a concelhia, distrital a distrital, apenas para se ter o partido que se quer. Quem não gosta deste PSD, dê lugar a quem goste e queira lutar por Portugal”, apelou.

O antigo líder da distrital de Lisboa confessou estar preocupado com o estado atual do PSD, garantindo estar “entre aqueles que não se resignam perante um PSD destituído de ambição, um PSD que apenas disputa lugares intermédios da primeira liga da política”.

O candidato admitiu que a sua preocupação aumentou depois das legislativas: “Desde as legislativas de 2002, o PSD tem ficado abaixo dos 40%. Em 17 anos, baixámos mais de 12 pontos percentuais. No mês passado, nem 28% obtivemos“, lamentou, considerando que essa perda de influência eleitoral se deve à perda de influência na sociedade.

“O PSD será a nova escolha dos portugueses, e nunca por nunca a segunda escolha do PS. A tarefa que me proponho é liderar uma oposição de confiança capaz de conduzir o PSD novamente ao governo de Portugal”, afirmou.

Dos antigos líderes do partido, o candidato destacou apenas três: os antigos primeiros-ministros Francisco Sá Carneiro, Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.

“Não discuto idades, nem gerações dos protagonistas, um partido não é feito só de mais novos ou de mais velhos, é feito com todos, não pode é ser feito sempre com os mesmos, com os mesmos rostos”, afirmou.

Esta segunda-feira, Marco António Costa declarou o seu apoio a Pinto Luz, afirmando que, em 1985, Cavaco Silva também foi um vencedor “improvável e desconhecido” e que, “ao contrário da maioria dos militantes”, conhece bem o candidato, considerando que é “um grande quadro do PSD que merece a pena conhecer e apoiar”.

A candidatura, com o mote “o futuro diz presente”, foi a segunda das três já conhecidas a ser anunciada, depois de Luís Montenegro e antes de Rui Rio anunciar que se recandidataria.

As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD acontecem a 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o congresso está marcado para entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. O problema não é não gostar do PPD, o problema é que não vejo entre os candidatos á Presidência do PPD pessoas sérias e honestas, que façam propostas serias e como as por em prática e não façam politica de casos, não foi este PPD que o Sá Carneiro queria, este PPD está cheio é de oportunistas que se dizem políticos.

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