O presidente do FC Porto criticou, esta segunda-feira, a atuação do árbitro e do videoárbitro (VAR) no jogo com o Rio Ave e revelou ter-se reunido com o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“Foi um fim-de-semana agitado por factos anormais. Quero transmitir aos adeptos do FC Porto uma palavra de serenidade. Sei que estão todos indignados, mas não podemos perder a razão com atitudes impensadas. É necessário mantermos a serenidade, o que não quer dizer que não estejamos atentos”, disse hoje Pinto da Costa, numa entrevista ao Porto Canal.
O líder dos dragões revelou ter tido uma reunião com o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e com o presidente do órgão, José Fontelas Gomes, do qual recebeu “palavras corretas”, na sequência das queixas perante a atuação do árbitro Artur Soares Dias e do VAR Vasco Santos no empate caseiro com o Rio Ave (1-1).
“Alertei hoje o Conselho de Arbitragem e também ficaram perplexos como um árbitro desta categoria não marca um penálti daqueles. Se é o melhor árbitro — e não sou eu que o digo — mais preocupante é”, referiu, adiantando que os membros do CA “também ficam incomodados quando acontecem coisas destas, seja em que campo for”.
Na base das críticas está um “penálti indiscutível” sobre Moussa Marega que não foi assinalado, no decorrer da segunda parte da partida do último sábado. “A Torre dos Clérigos é demasiado pequena para o tamanho deste penálti”, afirmou Pinto da Costa.
“Não ponho em causa ou em dúvida a seriedade das pessoas que andam no futebol. Mas não deixo de constatar erros grosseiros e crassos. Creio que tenho o direito de os mencionar. Não houve nenhum comentador que não dissesse que não foi penálti indiscutível. Não compreendo como o árbitro conseguiu não marcar e o senhor Vasco Santos estava a ver e também não marcou”.
“Como é possível não chamar a atenção do árbitro? Prova a incapacidade deste senhor para exercer estas funções. Sei que o senhor Soares Dias, já no balneário, abriu a porta e disse ao engenheiro Luís Gonçalves que não era penálti. Se mesmo vendo as imagens diz que não é penálti, não tem condições para poder arbitrar“.
“Para que serve o VAR? Ainda agora no jogo em Setúbal foi marcado um penálti, e bem, pelo VAR. Porque é que o VAR funciona em Setúbal e não funciona no Porto? O que é que o senhor Vasco Santos está a fazer no VAR? Um campeonato não pode ficar resolvido com um erro de um árbitro num jogo em que sonegaram dois pontos ao FC Porto”.
“Nós temos azar. Qualquer árbitro de segunda divisão apitaria estes penáltis. Se estivesse no VAR, não deixava de chamar a atenção do árbitro. Tivemos azar e é evidente que o CA estará atento e compreenderá que se eles têm azar nos jogos do FC Porto e nós temos azar com eles, o melhor para evitar azares de um lado e do outro é evitar que eles apitem jogos do FC Porto. Espero não os encontrar tão cedo“.
Por outro lado, o presidente dos azuis-e-brancos revelou que o FC Porto vai “pedir uma auditoria ao funcionamento do VAR e das linhas de fora de jogo”, que serviram como fundamento para anular um golo aos portistas por três centímetros.
“É preciso seis minutos para colocar uma linha e ver se um jogador está fora de jogo? Foi muitíssimo tempo a mais”, criticou Pinto da Costa.
O FC Porto lidera a I Liga portuguesa, com mais um ponto do que o segundo classificado, o Benfica, quando faltam dez jornadas para o final da prova.
ZAP // Lusa