O presidente portista deu esta quinta-feira uma entrevista ao Porto Canal, na qual admitiu que a equipa bateu no fundo mas que tudo fará, para que na próxima época, o plantel seja à FC Porto.
Foi uma hora de entrevista ao Porto Canal, na qual Pinto da Costa aproveitou para fazer uma reflexão das últimas três épocas, que têm sido regadas de maus resultados e de muita contestação por parte dos adeptos.
O dirigente azul e branco diz compreender a fúria dos portistas, revela que o clube “bateu no fundo” e que o grande objetivo para o próximo mandato será a formação de um plantel “com caráter e à imagem do FC Porto”.
Na pele do portista que é, Pinto da Costa diz ser natural a contestação sentida no último jogo em casa, na qual o FCP perdeu com o Tondela, assumindo que foi o dia em que se sentiu “mais envergonhado com a exibição da equipa”.
“Como adepto também cheguei ao final da paciência. A mim não me interessa o que já ganhei. O que o FC Porto ganhou é passado, está no Museu. É a história que ninguém pode mudar. Candidato-me porque as coisas estão mal e é preciso voltar colocá-las como eram”, afirmou na entrevista conduzida por Júlio Magalhães.
“Disse aos jogadores que esta época acabou. E agora têm seis jogos até ao final da época, de pré-época, para mostrar quem tem caráter e valor para jogar no FC Porto. E quem não mostrar o caráter que todos têm que ter, não ficará, seja quem for. É nas dificuldades que se vê o caráter das pessoas”, assume, afirmando que a Taça de Portugal é para ganhar.
O presidente aproveitou a ocasião para anunciar que Rafa, Otávio e Josué, jogadores atualmente emprestados, vão regressar ao plantel na próxima época.
Por outro lado, o dirigente alertou que a atitude por parte de um grupo de adeptos junto à sua casa na noite de quarta-feira, com petardos e insultos à mistura, nada tem a ver com contestação mas sim com “terrorismo”.
“Outra coisa é rebentar petardos às 3h30 da madrugada, que nada tem a ver com adeptos. (…) Não se pode confundir contestação com terrorismo”, denuncia.
Lopetegui e as alegadas comissões
Um dos erros admitidos pelo dirigente portista foi a contratação do espanhol Julen Lopetegui e o poder que lhe foi dado durante as épocas em que dirigiu a equipa.
“Deixei-o contratar jogadores que ele me garantia que eram jogadores para jogar e que fazia uma grande equipa, mas alguns nunca jogaram. Sabe quem é o Campaña? Foi um dos que acreditei que era jogador para o FC Porto, mas que nunca tinha visto… Esse foi um dos eleitos do senhor Lopetegui. A culpa foi minha porque confiei em quem não devia“, justifica.
Quanto aos valores pagos em comissões, Pinto da Costa preferiu desvalorizar a polémica, assegurando que essa prática é generalizada dentro de toda a modalidade.
“O FC Porto é vítima da transparência dos seus atos e das suas contas. Porque todos os negócios têm um intermediário, nós pagamos aos agentes. Mas isso é em todo o mundo. Passa-se com todos”.
“Posso dizer que houve um empresário que em dois anos ganhou mais de 10 milhões em comissões e ninguém se queixou. E não me arrependo disso. Se tiver de vender e pagar 10% não me importo, porque teria ganho 100 milhões. Em três anos foram 11 milhões e 300 mil euros. Nós pagamos entre 5% e 10%. Não conheço nenhum empresário que tenha os seus artistas, coloque os artistas e não receba comissão“, declarou.
Apesar dos 78 anos de idade, o dirigente diz sentir-se preparado para o novo mandato, com eleições marcadas para o próximo dia 17, e diz que outra das apostas vai ser na formação.
“Vamos fazer uma aposta séria na formação, com a construção de um grande centro de formação, para poder dar condições e motivação para que os jovens adiram ao futebol e ao FC Porto e tenham condições para chegar mais cedo à equipa principal e nos permitiam ter uma estabilidade na equipa, sem necessidade de vender jogadores, e não ter jogadores que quando entram, perguntam qual é a porta de saída”.
Da SAD e dos seus administradores, Pinto da Costa revelou algumas mudanças, tal como a passagem de catorze vice-presidentes para apenas seis e dos dez diretores também para seis.
Nesse sentido, o presidente decidiu dividir o clube em seis setores, sendo a principal novidade a criação da área do planeamento de novos projetos, que terá como responsável Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N).
ZAP
Não gostas do “terrorismo”´? Temos pena porque é o q fazes a muita gente já á décadas… coitadinho do velhinho! Larga o “osso” quando daí saires vão vir ao de cima todos os podres, c/ um pouco de jeito vai ser idêntico ao que aconteceu no Boavista! Espero que não chegue a tanto p/ bem do desporto português. Mas que é um mundo de MAFIA lá isso é…
Recentemente, numa destas noticias do F.C.Porto eu já frisei o mesmo. Espero que o Pinto da Costa não seja um 2º Valentim Loreiro & Filho.
Aconteceu ao Boavista o que eu jamais esperava que pudesse acontecer. Agora começo a ter dúvidas se Pinto da Costa não está a olhar pelo seu próprio bolso em fim de vida desportiva e quem vier atrás que se desenrasque (para não utilizar outro termo). OS PORTISTAS QUE ACORDEM E FAÇAM ALGUMA COISA EM DEFESA DE SEU CLUBE.
O futebol profissional já há muito que bateu no fundo (FIFA, etc)!
Mal estão os tristes que o continuam a apoiar como uma religião!
Sim, Sim, Compreenndite, quando perdeste com o Atl]etico e o Torreense em casa, nao bateste no fundo, bateste no tecto, se nao fosse o dinheiro ja estavas num lar a beber um chazinho..