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Pingo Doce. Empresário confessa suborno de dois milhões a gestores

Um dos empresários detidos pela Polícia Judiciária disse ao juiz que pagou dois milhões de euros para garantir o escoamento dos seus produtos.

Segundo a edição desta segunda-feira do Jornal de Notícias, um dos dois empresários detidos pela Polícia Judiciária por corrupção no setor privado e branqueamento confessou ao juiz de instrução criminal do Tribunal de Loures ter pago luvas a altos responsáveis do departamento de compras do Pingo Doce para que estes escoassem os seus produtos, prejudicando a Jerónimo Martins.

Por sua vez, o outro empresário e os outros dois quadros da cadeia de supermercado mantiveram o silêncio perante o magistrado.

O empresário garantiu ter, ao longo dos dois últimos anos, pago em dinheiro cerca de dois milhões de euros aos dois responsáveis do Pingo Doce para garantir que os seus produtos eram comprados, em detrimento da concorrência.

Os indivíduos foram detidos na passada quarta-feira por inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ que também constituiu arguidos mais dez indivíduos. Os suspeitos estão indicados por terem montado um esquema de corrupção no departamento de compras de pão, peixe, frutas e legumes da cadeia de supermercados.

Os dois altos funcionários receberiam luvas milionárias para colocar à venda os produtos de um grupo restrito de fornecedores, que garantiam assim o escoamento em grande escala.

Segundo o JN, os indivíduos teriam vidas de luxo e terão adquirido vivendas na zona da Grande Lisboa. Aliás, a compra dos imóveis está também a ser investigada por suspeitas de branqueamento de capitais.

ZAP //

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