Só este ano, mais de 200 voos foram cancelados devido à recusa por parte dos pilotos alemães de levantar voo com refugiados deportados da Alemanha, com destino ao Afeganistão.
O partido alemão Die Linke requereu ao governo de Angela Merkel informações sobre o número de voos cancelados por pilotos alemães. Em causa está a recusa dos pilotos em participar nas deportações de refugiados que viram os seus pedidos de asilo rejeitados.
Entre janeiro e setembro deste ano, foram impedidos 222 voos, mais de metade com origem no aeroporto de Frankfurt. Parte das recusas – cerca de 85 – partiram dos pilotos da companhia aérea Lufthansa e da sua subsidiária German Wings.
De acordo com a Shifter, Michael Lamberty, porta-voz da Lufthansa, garante que se tratou de decisões individuais e que, embora possam ter sido combinadas, não foram planeadas por nenhum grupo de pilotos da companhia aérea.
Lamberty afirma ainda que muitas vezes os pilotos conversam pessoalmente com o passageiro que vai ser deportado, antes de entrar no avião. “Se a segurança dos aeroportos tiver alguma indicação de que a situação pode complicar-se durante uma deportação, podem decidir não deixar entrar os passageiros”, acrescentou.
Apesar do aumento das deportações, a Alemanha continua a ser o principal destino de milhares de pessoas requerentes de asilo na União Europeia. Segundo o Eurostat, o país processou mais pedidos de asilo do que os restantes 27 países da UE todos somados.
Título da notícia muito mal escolhido. É triste o significado que querem imputar, e que leva a enganos a quem não ler a notícia completa.
Caro Mário Silva,
É triste termos escolhido dar esta notícia, e afinal termos escolhido fazê-lo com um título que “leva a enganos”. É muito mais triste ainda termos um leitor que acha que o fizemos por “querer imputar um significado” qualquer.
Importa-se de nos sugerir um título melhor, por favor?
Um título “independente” que contenha só factos, sem “opiniões”: pilotos alemães recusam-se a fazer voos de repatriamento de estrangeiros a quem foi recusado o estatuto de refugiado”.
ó mário o senhor ZAP está a falar contigo, é má educação não responder.
Caro ZAP Notícias, permita-me que faça dois comentários:
1. O título da maneira que está escrito dá para interpretar de duas maneiras: a) Pilotos recusam-se a descolar num voo cuja missão era proteger refugiados ou b) Pilotos recusam-se a levantar voo, num esforço de proteger refugiados com isso (a informação correcta).
O título pode de facto NÃO ter sido redigido com o objectivo de dar a informação errada, mas possui uma ambiguidade que dificulta a objectividade informativa, daí a chamada de atenção do leitor Mário Silva. Eu pessoalmente sugeriria (mas vale o que vale) uma alteração tão simples como “Para proteger refugiados, Pilotos alemães recusam-se a levantar voo”.
2. Preferia ter lido uma resposta emocionalmente mais distanciada, ao leitor Mário Silva. Dizer que “é triste” um leitor fazer um juizo de intenções jornalísticas menos abonatórias, é entrar num nível de quesilência que penso afastar-se do profissionalismo a que esta publicação nos tem habituado (à excepção lá de me bloquearem de comentar por vezes, mas enfim… Deixemos isso agora).
Caro Miguel Queiroz,
Obrigado pelo seu reparo.
Não está em causa a exactidão do título. Como muito bem reconhecemos, podia estar melhor. O título sugerido pelo ahahah, se bem que longo, está mais preciso. Não somos perfeitos, erramos, reconhecemos os erros, corrigimos. E até brincamos, de vez em quando.
O que está em causa não é o erro que nos possa ser apontado, é o juízo de intenção que é feito do nosso erro.
Aceitamos que somos imperfeitos. Não aceitamos que a nossa honestidade e seriedade seja posta em causa.
E nesse ponto, traçámos uma linha vermelha, e não nos distanciamos emocionalmente, e não brincamos.