O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,2% no terceiro trimestre, em termos homólogos, e aumentou 2,9% face ao trimestre anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais divulgadas pelo INE, “o PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,2% no 3.º trimestre de 2021″.
“No trimestre anterior, a variação homóloga do PIB tinha sido 16,1%, resultado influenciado, em grande medida, pelo forte impacto da pandemia no 2.º trimestre de 2020″, destaca o INE.
Já em relação ao segundo trimestre, “o PIB aumentou 2,9% em volume, verificando-se um contributo positivo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB, que tinha sido negativo no 2.º trimestre, e um contributo positivo menos intenso da procura interna no 3.º trimestre de 2021″, pode ler-se no destaque.
O Governo prevê que o PIB cresça 4,8% em 2021 e 5,5% em 2022.
Já a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 1,8% em outubro, face aos 1,5% registados em setembro, segundo a estimativa rápida para a inflação do INE.
“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 1,8% em outubro de 2021 (1,5% setembro)”, pode ler-se no destaque do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o instituto, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá aumentado 1,1%, contra os 0,9% verificados no mês anterior.
“Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 13,3% (10,5% no mês precedente) enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de -0,7% (-0,4% em setembro)”, avança o INE.
“Portugal continuará a crescer acima da média europeia”
O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, considerou hoje que os dados sobre o crescimento do PIB no terceiro trimestre “reforçam a confiança de que Portugal continuará a crescer acima da média europeia nos próximos anos”.
Em comunicado, o gabinete de João Leão começa por realçar que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,2% no terceiro trimestre face ao período homólogo e de 2,9% em cadeia, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) é “bem acima da média da zona euro (3,7% em termos homólogos e 2,2% em cadeia)”.
Face ao trimestre anterior, “Portugal apresenta, à data de hoje, o terceiro maior crescimento entre os países da zona euro”, sendo impulsionado pela procura externa líquida que apresentou uma forte recuperação no terceiro trimestre, acrescenta o gabinete.
Para o ministro das Finanças, citado no comunicado, “os dados hoje conhecidos reforçam a confiança de que Portugal continuará a crescer acima da média europeia nos próximos anos, permitindo que o nível de bem-estar dos portugueses convirja com a dos restantes países europeus”.
O gabinete indica que os dados divulgados hoje na estimativa rápida do INE “estão em linha com a previsão de um crescimento de 4,8% em 2021 apresentada na proposta de Orçamento de Estado para 2022″.
“O nível alcançado de vacinação, assim como os indicadores avançados, tais como compras e levantamento multibanco efetuadas por estrangeiros, apontam para a continuação de uma forte recuperação até ao final do ano”, sublinha o ministério.
No documento, as Finanças destacam ainda que “este é o segundo trimestre consecutivo que a economia portuguesa cresce acima da média europeia, retomando a convergência com a zona euro que se verificava até à pandemia”.
“Entre 2016 e 2019, Portugal apresentou um crescimento acumulado de 11,3%, consideravelmente acima da média da zona euro (7,9%)”, realça o gabinete de João Leão, acrescentando que os dados hoje divulgados “confirmam as estimativas das principais instituições que projetam a retoma da trajetória de convergência da economia portuguesa com a média europeia nos próximos anos”.
Estes dados revelam também que, segundo o Ministério das Finanças, face ao primeiro trimestre do ano, “Portugal apresenta o maior crescimento acumulado, superior a 7%, e cerca de 3 pontos acima da média da zona euro”.