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Petróleo dos EUA afunda para mínimos desde 1999

mink / Flickr

O preço do barril de petróleo norte-americano está a cair quase 20%, atingindo o nível mais baixo em mais de duas décadas.

O preço do barril de petróleo norte-americano está a cair quase 20%, com relatos de que por causa da forte quebra na procura está a tornar-se até difícil encontrar locais para armazenar o crude que não é vendido.

Os contratos futuros do barril de crude West Texas Intermediate (WTI) caíram 18,6%, para 14,87 dólares, no caso dos futuros para entrega em maio. Nos futuros para entrega em junho a queda não é tão pronunciada mas, ainda assim, significativa: 5,8% para 23,58 dólares por barril, de acordo com a Bloomberg. Por outro lado, o preço do barril de Brent do mar do Norte, de referência na Europa, recuava 1,5% para 27,64 dólares.

Segundo o Observador, os mercados do petróleo caíram nas últimas semanas para o nível mais baixo em cerca de 20 anos. A crise foi agravada depois da Arábia Saudita, membro da da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), ter lançado uma guerra de preços com a Rússia, que não pertence à organização.

Ambos os países acordaram pôr um fim ao diferendo no início do mês, ao aceitar, juntamente com outras nações, reduzir a produção em cerca de dez milhões de barris por dia para estimular os mercados afetados pelo novo coronavírus.

No entanto, os preços continuaram a cair fortemente, o que levou analistas a considerar as reduções insuficientes para compensar a quebra maciça na procura causada pela pandemia.

“Os preços do petróleo bruto continuam sob pressão, uma vez que as previsões de descida da procura pesam sobre o sentimento geral”, disse, em comunicado, o banco Australia and New Zealand Banking Group (ANZ). “Apesar de a OPEP ter aceitado uma redução sem precedentes da produção, o mercado está inundado de petróleo”, acrescentou o ANZ, numa referência aos membros da organização e aos parceiros não-membros.

O banco considerou ainda que se mantém o receio de que “as instalações de armazenamento nos Estados Unidos estejam no limite da capacidade”.

A administração norte-americana de informação sobre energia indicou que os stocks de bruto da primeira economia mundial tinham aumentado 19,25 milhões de barris na passada semana, num mercado mundial sobreaprovisionado.

ZAP // Lusa

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