Um estudo da Universidade de Harvard, divulgado esta sexta-feira, associa o uso de pesticidas da família dos neonicotinóides (um dos mais utilizados na agricultura) com o desaparecimento das colónias de abelhas durante o Inverno.
Os resultados desta pesquisa, publicados na revista Bulletin of Insectology, estão a reforçar os de outros trabalhos semelhantes, relativos à “desordem do colapso das colónias” (Colony Collapse Disorder, em inglês). Ou seja, as abelhas abandonam as suas colmeias durante o Inverno e acabam por morrer devido a este químico.
O estudo de Harvard baseia-se em dois tipos de neonicotinóides: o imidacloprida e a clotianidina, duas das três variantes de pesticidas usados no cultivo de plantas e cereais, proibidos na União Europeia desde Dezembro do ano passado, precisamente por serem prejudiciais para as abelhas.
«Neste estudo, demonstramos novamente que os neonicotinóides são, muito provavelmente, os responsáveis por desencadear a desordem do colapso das colónias nas colmeias que estavam saudáveis antes da chegada do Inverno», explicou o responsável pela pesquisa Chenseng Lu que, entre Outubro de 2012 e Abril de 2013, juntamente com a sua equipa, estudou a saúde de 18 colónias de abelhas em três situações diferentes.
Em cada grupo de seis colmeias, os cientistas trataram duas colónias com imidacloprida, outras duas com clotianidina e deixaram as restantes duas sem tratamento.
Com a chegada dos meses frios, o tamanho das colónias de abelhas diminuiu. Porém, a partir de Janeiro de 2013, as do grupo de controlo começaram a recuperar, ao contrário das que integravam as colmeias tratadas com neonicotinóides. No final da experiência, seis das 12 colónias tratadas tinham desaparecido e as colmeias estavam vazias.
De salientar que, de acordo com a Agência Europeia de Segurança Alimentar, este tipo de pesticidas pode também afectar o desenvolvimento do cérebro, atingindo o sistema nervoso humano.
CG/ZAP
Olá.
Boas.
Estudos sobre a defesa do ambiente deveriam entrar pelas nossas casas tal como entram, repetidamente, noticias e noticias, escândalos e escândalos, etc.