Mário Cruz / Lusa
De acordo com o organismo de estatística, foram as exportações e a procura interna que alavancaram o crescimento.
O Instituto Nacional de Estatística confirmou hoje que a economia portuguesa cresceu 4,9% em 2021, um valor que sucede à queda histórica de 8,4% em 2020, ano que ficou marcado pelo início da pandemia da covid-19, segundo anunciou a Organização Mundial de Saúde. Este crescimento é superior ao projetado pelo Governo, que apontava para os 4,8%.
No que respeita ao INE, os 4,9% já tinham sido anunciados nos dados preliminares, anunciados no último dia de janeiro. A nova atualização vem também confirmar o crescimento em cadeia, dace ao terceiro trimestre, de 1,6% e de 5,8% em termos homólogos.
Sobre o Produto Interno Bruto, INE destaca que, em termos nominais, o PIB aumentou 5,7% em 2021, depois de uma queda de 6,7% em 2020, atingindo cerca de 211 mil milhões de euros. De acordo com a análise feita pelo organismo, foram as exportações e a procura interna que alavancaram o crescimento.
A procura interna aumentou 5%, ao passo que o consumo privado cresceu 4,4%, apesar de não ter recuperado a totalidade das verbas de 2020. O consumo público subiu 5% e o investimento aumentou 7,2%, também depois de uma queda de 5,7%.
Para um equilíbrio positivo do PIB, as exportações subiram mais do que as importações, 13% e 12,8%, respetivamente. Ainda assim, segundo o INE, “em 2021, num contexto de aumentos expressivos de preços em particular na segunda metade do ano, verificou-se uma perda significativa dos termos de troca, tendo o deflator das importações de bens e serviços registados uma taxa de variação de 7,6% (-3,4% no ano anterior) e o deflator das exportações de bens e serviços uma taxa de variação de 6,0% (-2,4% em 2020).
A diferença entre deflatores traduziu em parte o efeito mais intenso da subida do preço dos bens energéticos no deflator.
