Uma equipa de investigadores da American Chemical Society desenvolveu pequenos robôs nadadores que conseguem curar-se a si mesmos magneticamente.
O tecido vivo pode curar-se autonomamente de muitos ferimentos, mas fornecer habilidades semelhantes a sistemas artificiais, como robôs, tem sido extremamente desafiante.
Agora, uma equipa de investigadores da American Chemical Society desenvolveu pequenos robôs nadadores que se podem curar magneticamente em movimentos após dividirem-se em dois ou três pedaços.
Os cientistas desenvolveram pequenos robôs que conseguem “nadar” através de fluidos e realizar funções úteis, como limpar o ambiente, entregar medicamentos e realizar cirurgias. Embora a maioria das experiências tenha sido feita em laboratório, eventualmente estas pequenas máquinas seriam lançadas em ambientes hostis, onde poderiam ficar danificadas.
Os robôs nadadores costumam ser feitos de polímeros frágeis ou hidrogéis macios, que podem partir ou rasgar facilmente.
Segundo um comunicado, Joseph Wang e os seus colegas queriam projetar nadadores que pudessem curar-se em movimento, sem a ajuda de humanos ou outros gatilhos externos.
Os investigadores fizeram nadadores com dois centímetros de comprimento na forma de um peixe que continha uma camada inferior condutora, uma camada intermediária rígida e hidrofóbica, e uma faixa superior de micropartículas magnéticas fortemente alinhadas.
Para dar propulsão ao robô, a equipa adicionou platina à cauda, que reagiu com o combustível de peróxido de hidrogénio para formar bolhas de oxigénio que impulsionaram o robô. Quando os cientistas colocaram um nadador numa placa de Petri cheia de uma solução fraca de peróxido de hidrogénio, moveu-se ao redor da borda da placa.
Depois, os investigadores cortaram o robô com uma lâmina e a cauda continuou a viajar até se aproximar do resto do corpo, reformando o formato do peixe através de uma forte interação magnética.
Os robôs também conseguiam curar-se quando cortados em três pedaços ou quando a fita magnética era colocada em configurações diferentes.
Esta estratégia de autocura versátil, rápida e simples pode ser um passo importante em direção ao reparo instantâneo para nadadores e robôs de pequena escala. Segundo os investigadores, isto pode, um dia, ser usada para fazer dispositivos mais resistentes para limpeza ambiental ou industrial.
Este estudo foi publicado em fevereiro na revista científica Nano Letters.