Autoridades finlandesas investigam pequenos-almoços da primeira-ministra

demarit / Flickr

Sanna Marin, a primeira-ministra da Finlândia

A polícia da Finlândia anunciou, esta sexta-feira, uma investigação para determinar se as despesas apresentadas pela primeira-ministra finlandesa para pagar os pequenos-almoços familiares estão dentro da lei.

Sanna Marin, 35 anos, chefe do Governo de centro-esquerda na Finlândia, está envolvida numa polémica desde que o jornal Iltahehti revelou, na terça-feira, que estava a ser reembolsada em até 300 euros por mês pelos pequenos-almoços da sua família, já que ela vive na residência oficial de Kesaranta.

Perante as críticas da oposição, a primeira-ministra argumentou que os seus antecessores beneficiaram do mesmo privilégio.

Não pedi para ter este subsídio, como primeira-ministra, nem estive envolvida na decisão sobre o assunto”, explicou esta sexta-feira Marin, no Twitter.

Especialistas citados pelos meios de comunicação finlandeses sugerem que o uso de fundos públicos para pagar pequenos-almoços da família da primeira-ministra pode ser uma violação da lei.

“A primeira-ministra fez-se reembolsar por algumas refeições, apesar de a redação da lei sobre os salários ministeriais parecer não permitir isso”, disse a polícia, num comunicado em que justifica a investigação.

De acordo com o superintendente da polícia Teemu Jokinen, a investigação vai centrar-se nas decisões tomadas por funcionários do gabinete de Marin e “não está de forma alguma ligada à primeira-ministra e às suas atividades oficiais”.

A duas semanas de eleições autárquicas, Sanna Marin mostrou-se satisfeita pela abertura de uma investigação sobre o assunto e garantiu que renunciará ao subsídio, para já.

No poder desde dezembro de 2019, a chefe de Governo goza de forte popularidade, devido à sua gestão da epidemia de Covid-19 na Finlândia, um dos países menos afetados da Europa, mas as sondagens para as eleições autárquicas, em 13 de junho, mostram uma subida da oposição, em particular do movimento de extrema-direita Partido dos Finlandeses.

// Lusa

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