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Japoneses encontraram um peixe que anuncia catástrofe. Há base científica para esta crença

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Reprodução

“Peixe do fim do mundo”

É uma lenda antiga no Japão mas com uma ligação lógica a eminentes subducções no fundo do mar.

Foi encontrado um peixe na Ilha Talcán, no Chile.

Isto nunca seria notícia em Portugal – e em muitos outros países – mas este peixe é diferente…

Esta espécie, o peixe-remo, é muito difícil de ser apanhada porque vive longe da superfície: entre 200 metros e 1 quilómetro abaixo do nível do mar.

Mas a notícia não é propriamente por aí.

O peixe encontrado numa das Ilhas Desertores, no Chile, foi logo fotografado pelos pescadores, que mostraram depois a imagem nas redes sociais.

Rapidamente a fotografia foi muito partilhada e comentada porque este é um “peixe do fim do mundo”, escreve o portal argentino TN.

O peixe raramente é visto na superfície – e ainda bem, de acordo com a cultura japonesa. Os nipónicos acreditam que agora vem aí uma catástrofe natural, uma das piores de sempre.

Aliás, o peixe recebeu a designação Ryugu no tsukai – Mensageiro do Palácio do Deus do Mar.

Mas ele não deverá aparecer sozinho: os japoneses acreditam que um terramoto ou um tsunami vai ocorrer depois de vários “exemplares” deste peixe aparecerem junto às praias.

O “fim do mundo” tem uma associação antiga: segundo a lenda de Namazu, este peixe é associado a uma serpente marinha gigante que faz a terra mexer-se, originando terramotos ou maremotos.

E cuidado, pescadores: as pessoas que encontram este peixe ficam amaldiçoadas, de acordo com a mesma lenda.

Mas este “fim do mundo” também tem uma associação à ciência: estes peixes, como habitam em águas profundas, percebem mais rapidamente quando há uma subducção no fundo do mar – deslizamento de placa tectónica.

Portanto, sim, naquela região podem estar a surgir falhas geológicas no fundo do oceano.

O Chile é um país onde há terramotos frequentemente. E foi o palco do terramoto mais forte de sempre, em 1960: magnitude aproximada de 9.5 na escala Richter, em Valdivia.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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