Pegadas fósseis na Austrália são a evidência mais antiga de répteis na Terra

Ilustração de Marcin Ambrozik / Universidade de Uppsala

Estes curiosos répteis estão relativamente próximos, geologicamente, dos primeiros tetrápodes, descobriram os cientistas.

Cientistas das Universidades de Uppsala e de Flinders encontraram, no sudeste da Austrália, as pegadas de répteis mais antigas já vistas, com 355 milhões de anos. As marcas foram deixadas por dois antigos lagartos num leito lamacento de rio, ficando preservadas num bloco de arenito de 35 cm.

Do tamanho aproximado de um lagarto moderno, os animais provaram que os répteis já estavam na Terra 35 milhões de anos antes do que se pensava.

As pegadas dos répteis australianos têm entre 3 e 4 cm de comprimento, e parecem ter sido deixadas por três lagartos da mesma espécie, em duas trilhas diferentes. Não há marcas de arrasto do corpo ou da cauda nem dos ossos preservados próximos, mas, com a medida aproximada de ombro a ombro (17 cm), estima-se que o seu tamanho tenha sido entre 60 e 80 cm de comprimento.

A aparência, segundo os cientistas, provavelmente lembrava um lagarto moderno, já que os répteis são os animais que mantiveram a aparência mais próxima dos seus ancestrais até hoje.

Estes misteriosos lagartos viveram no período Carbonífero, quando a temperatura era próxima das atuais, com polos gelados, mas um equador bastante quente. A Austrália, à época, ficava no supercontinente da Gondwana, na parte sul dos trópicos, ostentando florestas de samambaias altas.

Esses répteis estão relativamente próximos, geologicamente, dos primeiros tetrápodes (literalmente “de quatro patas”) do mundo, encontrados na Polónia, com 390 milhões de anos. Esses foram os primeiros vertebrados a viverem na Terra, descendendo dos peixes que saíram da água e deram origem a todos os animais do mundo.

 

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