O ex-secretário-geral do PSOE ganhou as “primárias” dos socialistas com 50,21% dos votos dos militantes, à frente de Susana Díaz com 39,94%.
Segundo os dados revelados pelos socialistas espanhóis, Pedro Sánchez tem a preferência de 50,21% dos que votaram e Susana Díaz 39,94%.
O terceiro candidato, Patxi López teve 9,85% dos votos escrutinados até agora.
Sánchez vai assim suceder a si próprio oito meses depois de se ter demitido de líder do partido em choque com os “barões” regionais do PSOE.
O novo líder vai agora ter a difícil tarefa de tentar unir um partido muito dividido e em crise de identidade, assim como acontece em muitos partidos socialistas ou social-democratas em toda a Europa.
Daqui a quatro semanas, o congresso do PSOE vai confirmar o nome do novo secretário-geral que irá tentar que os socialistas voltem a ser uma alternativa credível de Governo que neste momento pertence ao Partido Popular (direita).
“A partir de segunda-feira vamos ter um PSOE novo e rumo à Moncloa“, residência oficial do Governo, disse Sánchez depois de ter ganho as “primárias”.
“Hoje começa tudo. Hoje não acaba nada”, sublinhou Sánchez, repetindo que pretende um “novo PSOE” para mudar Espanha e que pediu várias vezes a “unidade” de todos os socialistas que saem deste processo muito divididos.
Antes do líder ter falado, num encontro com a imprensa sem direito a perguntas, Susana Díaz prometeu “ajudar” e pôs-se à disposição do PSOE “em tudo aquilo que o partido precisar”, sem nunca ter nomeado o nome de Sánchez.
Poucos minutos antes, também numa declaração sem perguntas, Patxi López desejou boa sorte ao secretário-geral eleito e sublinhou que, a partir de segunda-feira, “todos juntos”, os socialistas, têm de trabalhar com Sánchez “à cabeça para recuperar o PSOE”.
ZAP // Lusa
O PSOE perdeu o tino e deu um tiro no pé. Fez a pior escolha.
Como é possível recuperar um líder desacreditado, anteriormente desautorizado pela estruturas superiores do partido, na sequência de duas derrotas eleitorais e de opção estratégica de teimosia autoconvencimento que bloqueou o PSOE e impediu um governo efetivo em Espanha, durante quase um ano?
Rajoy agradece esta ajuda inesperada. Bem pode arriscar novo mandato…