Pedro Nuno identifica o “lado centro-direita” do PAN

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ZAP // Miguel A. Lopes, António Cotrim / Lusa

Pedro Nuno Santos criticou “a ambiguidade” com que o PAN se posiciona no quadro político, numa alusão ao acordo celebrado na Madeira. Inês de Sousa Real contrapôs que são uma força de “centro progressista”.

Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista (PS), e Inês de Sousa Real, porta-voz do Pessoas – Animais – Natureza (PAN), estiveram frente-a-frente, este sábado, na TVI/CNN Portugal.

Pedro Nuno desafiou, desde logo, Inês de Sousa Real a posicionar-se, revelando de quem lado está: se à esquerda, se à direita, sublinhando que os dois lados são incompatíveis.

Interrogado se conta com o PAN no caso de vencer as eleições legislativas antecipadas de 10 de março sem maioria absoluta, o secretário-geral do PS respondeu que logo se verá “qual é a melhor solução” em função “da configuração parlamentar que sair”.

“Não faz sentido estar a antecipar cenários, mas não deixa de ser curioso a ambiguidade do PAN relativamente ao centro-esquerda e ao centro-direita”, acrescentou, numa alusão ao acordo de incidência parlamentar que o PAN estabeleceu na Madeira com a coligação PSD/CDS-PP.

Inês de Sousa Real afirmou: “Somos centro progressista”. Pedro Nuno Santos retorquiu que não sabe bem “o que é que isso significa” e considerou que partidos como o CDS-PP e o PPM “estão nos antípodas do PAN”.

A porta-voz do PAN argumentou que as realidades regionais e nacional são diferentes, dando um exemplo: “Na Madeira não há touradas”. Em termos gerais, admitiu entendimentos com forças políticas que permitam “fazer avançar” as causas do PAN.

Logo de seguida, Inês de Sousa Real levantou o tema do centro de dados em Sines, alegando que vai “destruir milhares de sobreiros”.

Mais à frente, contestou também a exploração de lítio e referiu que o PAN defendeu no parlamento “a suspensão destes projetos” que estão sob investigação na Operação Influencer, que motivou a demissão do primeiro-ministro António Costa.

Neste ponto, Pedro Nuno Santos sustentou que é preciso “conciliar o interesse ambiental com o interesse económico” e que “o que é fundamental é que cada projeto cumpra a lei”, mas colocou a tónica na necessidade de desenvolvimento do país, observando: “Não podemos estar sempre no pára-arranca”.

O lado centro-direita do PAN

Em matéria de impostos, o secretário-geral do PS colocou o PAN ao lado dos partidos à direita que veem a descida do IRC como “solução milagrosa” para o crescimento económico.

Inês de Sousa Real frisou que a proposta do PAN de reduzir este imposto até 17% “tem um teto máximo que não abrange as grandes empresas” e defendeu que esta “é uma forma de ter investimento em Portugal”.

ZAP // Lusa

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