Os inspetores da PJ e os procuradores do DIAP de Lisboa apreenderam cerca de 1.500 pedras preciosas na casa de uma das suspeitas da rede de tráfico de diamantes, ouro e droga investigada no âmbito da Operação Miríade.
A informação foi avançada pela SIC Notícias e, entretanto, confirmada pelo semanário Expresso.
As autoridades encontraram em casa de Inês G., no Barreiro, dois diamantes transparentes lapidados; 65 pedras cinza prateado com veios brancos, em bruto; 62 pedras em bruto de diferentes cores e tamanhos; 111 pedras em bruto de diferentes cores; e 1.235 pedras de vários formatos, por lapidar, em sacos com a inscrição “rubis”.
Em Camarate, no apartamento de Paulo Nazaré, o principal arguido do caso, foram apreendidos vários documentos. Entre eles, um caderno onde tinha anotações referentes a negócios de ouro; uma minuta de contrato para venda de ouro do Gana a peso; recibos do Western Union; e provas de negócios no Uganda e no Brasil.
Na casa de um outro suspeito, no Cacém, foram encontrados um carimbo com a inscrição “Direção-Geral de Impostos”; e 85 cartões multibanco sem qualquer tipo de inscrição.
Ainda segundo o Expresso, os valores dos recibos encontrados perfazem uma quantia aproximada de um milhão de euros.
Os diamantes apreendidos pela Polícia Judiciária na semana passada, no âmbito da Operação Miríade, não valem mais do que 290 euros. A informação veio a público após a polícia mandar para análise junto de peritos os oito diamantes que chegaram à PJ depois de um major que estava na República Centro-Africana ter denunciado a situação.
Os peritos concluíram que os três diamantes em bruto valiam cerca de 81 euros, enquanto os lapidados não ultrapassariam os 209 euros.