Investigadores analisaram a “anatomia” das pedras de granizo para nos ajudar a prevenir de levar com uma em cima.
As pedras de granizo formam-se durante as tempestades, quando uma gota de chuva congela numa parte muito fria de uma nuvem.
O diâmetro destas pedras aumenta à medida em que a gravidade vai puxando as partículas, que se tornam cada vez mais pesadas, para baixo, podendo estas, então, atingir a Terra.
Uma equipa espanhola recolheu pedras de granizo com até 12 centímetros de diâmetro — que podem ser altamente perigosas — e estudou a “anatomia” destes objetos, num estudo publicado a 6 de dezembro na Frontiers in Environmental Science.
“Queríamos utilizar uma técnica que fornecesse mais informações sobre as camadas internas das pedras de granizo, mas sem partir as amostras”, disse o autor principal, Xavier Úbeda, da Universidade de Barcelona, à Science Focus. “Não esperávamos obter imagens tão nítidas como as que obtivemos”.
Úbeda e a sua equipa obtiveram 512 imagens da estrutura interna das pedras de granizo, conhecidas como “fatias”. Estas fatias revelam a densidade de cada camada, mostrando como a pedra de granizo cresceu em diferentes fases da tempestade de granizo.
Contrariamente às suposições que existiam anteriormente sobre as pedras de granizo, os investigadores concluíram que estas não crescem de forma uniforme em cada direção. Aliás, as esferas de aparência quase perfeita eram as mais irregulares por dentro, e os seus núcleos estavam mais fora do centro.
Os investigadores afirmam que estas novas descobertas, proporcionadas pela análise de um grande pedregulho de granizo, podem ajudar a prever tempestades no futuro, prevendo a formação de granizo e, a longa prazo, ajudando a limitar a quantidade de danos causados por estas perigosas pedras.