Situação invulgar envolveu suspeita de relação extra-conjugal. Funcionária vai receber indemnização de quase 1.200 euros.
Uma empresa de estética no Brasil, em Patos de Minas, surge nas notícias por causa de uma funcionária, do proprietário e do WhatsApp.
O caso insólito foi relatado pela Globo, que descreve a situação – que não foi retirada de uma telenovela da estação televisiva. Foi real.
A novela real envolve uma mulher, que era funcionária na empresa em causa, mas que foi despedida entretanto.
Só que, antes de sair pela última vez das instalações da empresa, esqueceu-se de terminar sessão no WhatsApp, no computador que utilizava (versão web).
O que fez um dos sócios da empresa? Foi lá ver as conversas da antiga funcionária.
E reparou que uma das conversas privadas, com outra funcionária da empresa, era sobre um eventual romance extra-conjugal entre ele próprio e outra funcionária da sua empresa.
O patrão capturou o ecrã, diversas vezes, guardando o conteúdo dessa conversa.
E fez mais: convocou uma reunião para abordar esse assunto, assegurou que era tudo falso e mostrou essas capturas de ecrã durante a reunião. Todos na empresa viram as conversas privadas entre as duas mulheres.
Além disso, o sócio descreveu a ex-colaboradora como “falsa e incompetente”.
O caso seguiu para a Justiça brasileira. O Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais entendeu que houve invasão da intimidade e da privacidade da trabalhadora.
“Ainda que fossem reprováveis as fofocas propagadas, as conversas particulares jamais poderiam ter sido divulgadas a terceiros, sobretudo da forma grosseira e explosiva como ocorreu. Toda a situação poderia ter sido conduzida de modo mais discreto e respeitoso”, disse o relator na decisão.
A mulher vai receber uma indemnização de 6 mil reais, quase 1.200 euros.