/

Pastelaria Mexicana em LIsboa classificada monumento de interesse público

Carolyn Willitts / Flickr

Pastelaria Mexicana, em Lisboa

Pastelaria Mexicana, em Lisboa

A Pastelaria Mexicana, em Lisboa, foi classificada como monumento de interesse público, segundo um despacho da Secretaria de Estado da Cultura publicado em Diário da República, que a destaca como um testemunho da arquitetura moderna.

Datada de 25 de março, a portaria publicada esta quinta-feira indicou a classificação do local como “monumento de interesse público, incluindo o seu património artístico integrado, na Avenida Guerra Junqueiro n.º 30-C, Lisboa, freguesia do Areeiro”.

Entre as razões da classificação estiveram o “génio do respetivo criador”, “valor estético, técnico e material intrínseco”, “conceção arquitetónica e urbanística”, “extensão” e o que reflete do “ponto de vista da memória coletiva”.

O diploma recorda a história do local, ao relatar que a Mexicana foi integralmente remodelada entre 1961 e 1962, segundo projeto do arquiteto modernista Jorge Ribeiro Ferreira Chaves.

“Ocupando quatro pisos de um prédio dos anos 40, com o rés-do-chão e a primeira cave destinados ao serviço do público, o estabelecimento prolonga-se para a rua, em esplanada coberta por pala de betão com letreiro luminoso”, lê-se.

O texto nota a “continuidade formal entre fachada e interiores, estes caracterizados pela fluidez da modulação espacial e pela coerência estética que resultam do nivelamento dos pisos, do tratamento das paredes e tetos e da manutenção de algum mobiliário, dos elementos decorativos e do sistema de iluminação de origem”.

Entre o património integrado, a portaria destacou revestimentos cerâmicos, como o painel Sol Mexicano, de Querubim Lapa, a cabine telefónica interior e o “passarinhário”.

“No seu conjunto, a Pastelaria Mexicana constitui, tanto pela sua conceção espacial, como pelos elementos decorativos integrados, um notável testemunho das tendências expressionistas do movimento da Arquitetura Moderna em Portugal, traduzindo exemplarmente a adaptação das linguagens internacionais e do organismo típico da década de 1960 numa verdadeira ‘obra total’”, concluiu-se.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.