Passadeira amarela desbloqueia jogo no Dragão

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Manuel Fernando Araújo / Lusa

O FC Porto reagiu à derrota na Liga Europa com uma goleada ao Arouca, no regresso à Primeira Liga, por 4-0.

Após uma primeira parte morna e sem qualquer remate enquadrado, os arouquenses começaram a estender “passadeiras vermelhas”, neste caso amarelas, a começar pela expulsão de Güven Yalçın pouco antes do descanso e a acabar num erro crasso de Nico Mantl na segunda metade.

Algo que o “dragão” aproveitou para se tranquilizar e começar a marcar sem parar.

O Porto foi, naturalmente, a equipa com mais iniciativa na primeira parte, praticamente instalando-se no meio campo contrário, mas ainda assim o Arouca foi conseguindo ter bola, mesmo que maioritariamente em zonas recuadas, o suficiente para sair uma ou outra vez com perigo para o ataque.

Contudo, nenhuma das formações enquadrou qualquer remate, sendo que a melhor ocasião aconteceu aos 29 minutos, com Pepê a desperdiçar uma ocasião flagrante com 32% de hipótese de dar golo (xG).

Até ao descanso, destaque para a expulsão de Güven Yalçın por duplo amarelo, algo que acabou por ter um peso grande na partida.

Em superioridade numérica, os “dragões” entraram praticamente a marcar, com o inevitável Samu a facturar aos 47 minutos.

Logo a seguir, Nico Mantl estendeu a passadeira para o seu homónimo do Porto, Nico González (51′), fazer o 2-0. O 3-0 surgiu aos 57, por Galeno, num cabeceamento pouco habitual do brasileiro.

Em poucos minutos, tudo resolvido. Até final, Deniz Gül, avançado que havia marcado na estreia, na Noruega, também se estreou na Liga com um golo.

O Jogo em 5 Factos

1. Nenhum enquadrado na primeira parte

A etapa inicial foi pouco interessante. O Porto teve mais iniciativa, mas não conseguiu enquadrar nenhum dos seus dez remates. O mesmo aconteceu com o Arouca e os seus três disparos.

2. Não há fome que não dê em fartura

Ao invés do que aconteceu na primeira metade, o Porto começou a enquadrar remates no arranque da etapa complementar e fez três golos nos primeiros três disparos com boa direcção.. Terminou com quatro em sete.

3. Arouca a zeros

Apenas cinco equipas terminaram jogos da presente Liga sem qualquer remate enquadrado. Apenas uma repetiu a dose. O Arouca não acertou uma única vez na baliza portista, repetindo o que havia feito em casa com o Vitória SC.

4. “Dragão” com muitas ações na área

O Porto chegou a este jogo com uma média de cerca de 27 acções com bola na área contrária por jogo. Nesta partida, frente ao Arouca, somou 48, 30 delas no segundo tempo.

5. Muitas perdas de posse no primeiro terço

Um dos problemas do Arouca foi as perdas de posse no terço defensivo, zona proibida para tal acontecer. Ao todo foram 23, máximo da equipa, quando a média era de cerca de 14.

Melhor em Campo

Grande jogo do lateral-direito do Porto, que foi praticamente um extremo. João Mário foi o melhor em campo, com registo de uma ocasião flagrante criada em cinco passes para finalização, um passe de ruptura, dez passes progressivos, 13 progressivos recebidos e seis dribles completos em oito tentados. Tudo máximos do jogo.

Resumo

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