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Nem os partidos ecologistas apoiam a Climáximo: “É perigoso”

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Climáximo / Instagram

Dois apoiantes do Climáximo cobriram com tinta vermelha obra de Picasso, no Museu CCB, em Lisboa​​​​​

PAN, PEV, Livre e (sobretudo) Bloco de Esquerda: nenhum quer ser associado aos protestos recentes desses jovens.

Colam-se, atiram tinta a ministros. A Climáximo importou protestos e tem aparecido nas notícias em Portugal, recentemente.

A sua forma de se manifestar contra as alterações climáticas tem sido criticada e não consegue apoio – nem dos partidos que costumam defender mais o ambiente.

Pensamos logo no Pessoas-Animais-Natureza (PAN) ou no Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV). E nenhum concorda com estes métodos.

O PAN defende “cidadania activa e participativa, mas de forma positiva”, sem os jovens se arriscarem e sem cometerem “ataques que em nada valorizam a causa” e que até são um “favor ao Governo”, descreve Inês Sousa Real.

Ao Observador, a porta-voz do partido admite que os protestos recentes “têm extravasado o razoável” e, por isso, o PAN “não se pode associar” a algo que “representa um caminho perigoso e não credibiliza a causa do activismo ambiental”.

E até deixa um aviso: no ataque com tinta a Fernando Medina, se algum dos seguranças tivesse achado que aquela arma era real, a vida da jovem poderia ter ficado em risco.

Por parte do PEV, Heloísa Apolónia também critica a postura destes activistas: “São acções que não chamam mais gente a esta causa e que não alargam para esta causa. Acabam por ser fraturantes e, por isso mesmo, acabam por não gerar um alargamento da simpatia pela causa. É uma forma de protesto que acaba por gerar antipatias“.

Rui Tavares, do Livre, apela a meios mais “adequados” para defender o ambiente. “Para nós, o princípio da acção política é que os fins não justificam os meios, também porque os meios credibilizam os fins”, descreveu o deputado.

Mas é no Bloco de Esquerda que há maior afastamento: o partido deixou de partilhar – como fazia – as acções da Climáximo.

E Mariana Mortágua disse: “A questão que se coloca é se este tipo de acções contribui ou não contribui para criar esse grande movimento transformador, esse grande movimento social que traz estas questões para o centro do debate público. Eu tenho grandes dúvidas que contribua para este tipo de atitude”.

Do lado da Climáximo, há um apelo à esquerda: “Olá, esquerda, temos de falar” – a associação alega que as acções tradicionais de sensibilização, manifestações e propaganda não resultam em Portugal.

ZAP //

6 Comments

  1. Claro que não apoiam, é um movimento que foge completamente ao controlo dos partidos, os politicos só apoiam aquilo que podem/conseguem controlar, tudo o resto é “perigoso” especialmente para eles e para o seu domínio hegemónico da sociedade.

  2. A Climáximo faz serviço para os oligarcas diabólicos Gates e Soros, assim dessa forma os otários agradecem pagar por um gás inócuo que é o CO2 que faz crescer abundantemente as plantas e culturas como a de tomate.

  3. A Climáximo é composta de jovens que não quer estudar nem aprender com a vida a não ser receber por cada ação terrorista 50 euros para se sentar na estrada e impedir ambulâncias de irem em socorro.

  4. Essa Climáximo que se cole aos carris dos comboios. Gostava de os ver. Digam ao Soros e Gates e eles pagam 50 euros a esses otários.

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