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“Partenon dos Naufrágios”. Grécia abre o seu primeiro museu arqueológico subaquático

A Grécia abriu nesta segunda-feira o seu primeiro museu arqueológico subaquático, que reúne um conjunto de ânforas do século V a.C e que foi batizado como o “Partenon dos Naufrágios”, na costa da ilha de Alonissos, no Mar Egeu.

A partir de agora, o Governo grego permitirá que mergulhadores certificados possam aceder à herança subaquática do país, depois de converter o naufrágio de um navio de carga neste museu debaixo de água, conta o diário britânico The Guardian.

A atração turística e cultural abriu oficialmente nesta segunda-feira e estará disponível para visitas até 2 de outubro, de acordo com o mesmo jornal.

A um profundidade de 28 metros, os mergulhadores mais curiosos poderão ver um navio afundado há cerca de 2.500 anos, carregado de quase 4.000 ânforas – vaso ladeado por duas “asas” – que permanecem quase intactas apesar da passagem do tempo.

Para as pessoas que não preenchem os requisitos para efetuar o mergulho, o museu helénico oferece um projeto que permite fazer a viagem em realidade virtual.

 

O naufrágio Peristera, assim batizado depois de a ilha de Alonissos, onde foi descoberto, ter ficado desabitada, representa um grande navio mercante de Atenas que afundou em meados de 425 a.C devido ao mau tempo. O diretor das autoridades subaquáticas da Grécia, Pari Kalamara, precisou aos média locais que a embarcação carregava milhares de ânforas de vinho Calcídica, no norte do paós e nas ilhas de Skopelos.

Foi em 1985 encontrado por um pescador na costa de Peristera. Tem 25 metros de comprimento, dimensões que levam os historiadores a acreditar que este é o maior navio já descoberto debaixo de água, segundo frisa a Russia Today.

“Mostrámos à Humanidade o Partenon dos Naufrágios”, disse o governador da região da Tessália, à qual Alónissos pertence, Kostas Agorastos, em entrevista à ERT.

Outros três naufrágios encontrados no Golfo Pagasético, na Grécia central, também fazem parte deste projeto, incluido num programa financiado pela Comissão Europeia que visa tornar a região num local arqueológico subaquático.

ZAP //

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