Numa tentativa de proteger uma espécie endémica da região, o governo das Ilhas Caimão vai acionar plano que planeia matar centenas de gatos vadios.
A iguana das Ilhas Irmãs (Cyclura nubila caymanensis) é nativa de apenas dois pequenos enclaves no nosso planeta: Little Cayman e Cayman Brac, nas Ilhas Caimão. Mais do que nunca, a espécie está ameaçada de extinção e, segundo dados oficiais, restam menos de 2 mil espécimes.
Tráfego rodoviário, desenvolvimento humano e outros animais são responsáveis pelo seu declínio, escreve a VICE. A situação levou as Ilhas Caimão a reavivar um plano controverso que, segundo o governo local, poderia resolver o problema: exterminar a população local de gatos vadios.
Embora as iguanas adultas consigam defender-se dos nossos amigos felinos, as crias e as mais jovens têm mais dificuldades em fazê-lo.
É uma medida de desespero do território ultramarino britânico, que é mais conhecido por ser um paraíso fiscal do que propriamente pelos seus raros lagartos.
No passado, as Ilhas Caimão já tentaram enjaular os lagartos, criar uma “linha direta da iguana” para relatar vítimas e até criaram a aplicação E-Guana para monitorizá-las. Em 2017, das iguanas monitorizadas, apenas duas foram mortas por gatos. Ainda assim, o Governo estima que o número real seja bem maior.
No ano seguinte, o plano de matar os gatos vadios ia entrar em ação, até que as instituições de caridade Feline Friends e Cayman Islands Humane Society intervieram.
As instituições oferecem uma alternativa mais amiga dos animais: capturá-los e devolvê-los à natureza, mas esterilizados para que não possam reproduzir-se. No entanto, os conservacionistas argumentam que esta estratégia não é forte ou rápida o suficiente numa altura dramática como esta.
Em Little Cayman, o plano do governo começará por colocar microchip em gatos domésticos. Depois, as autoridades vão colocar armadilhas e qualquer gato encontrado nelas sem um desses microchips será eutanasiado por um veterinário.
