Nenhum encarregado de educação quer ensino remoto. Um em cada responsável fica com ansiedade nesta semana de regresso às aulas.
O regresso às aulas é o regresso à rotina que comanda o ano, o regresso aos livros e o regresso… à ansiedade nos encarregados de educação.
De acordo com um estudo da ConsumerChoice, é o entusiasmo (33% dos inquiridos) que reina nesta semana mas há lugar para ansiedade (19%) e stress (12%).
Muitos pais ou outros familiares acham que o maior desafio para as crianças é haver trabalhos de casa a mais (19%).
Há quem se preocupe (15%) com o método de ensino em vigor, enquanto 12% consideram que falta tempo para brincar e 10% focam-se no programa curricular (10%).
Para os professores, e segundo a perspectiva dos encarregados de educação, o tamanho das turmas (18%) é a maior preocupação.
Seguem-se os desafios na gestão do comportamento dos alunos em sala de aula (16%) e as dificuldades associadas com a progressão de carreira e salarial (16%).
A tecnologia comanda o mundo em muitos aspectos do dia-a-dia mas, para os pais portugueses, não deve comandar as escolas.
Olhando para um prazo de 10 anos, apenas 6% dos encarregados de educação gostariam de ter um ensino 100% digital em 2033. Ninguém quer ensino remoto.
Mas 23% dos inquiridos admitem que, também daqui a 10 anos, o maior investimento será em dispositivos electrónicos; 18% acham que vão gastar mais em licenças de software educacional e 13% em livros digitais interativos.
Ainda sobre o ensino, 30% gostaria que houvesse mais foco na criatividade e resolução de problemas, 16% espera que haja uma abordagem mais personalizada, 15% gostaria que o ensino fosse mais prático e menos teórico e 12% refere um maior destaque nas capacidades socio-emocionais.