Padroeira de Portugal vai ter um monumento nacional “dentro de três anos”

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Em Portugal, ainda não existe um monumento à Padroeira. Porém, vão agora ser dados “os primeiros passos para que isso seja possível dentro de três anos”.

O presidente do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos de Mariologia (IPPEM), Carlos Filipe, anunciou esta quinta-feira o lançamento de campanha para a construção de um monumento nacional em louvor da Padroeira de Portugal, Nossa Senhora da Conceição.

Carlos Filipe, que falava no primeiro dia do congresso internacional “Mulher, Mãe e Rainha”, a decorrer em Fátima até ao próximo sábado, disse que não existe em Portugal um monumento à Padroeira.

Mas vão agora ser dados “os primeiros passos para que isso seja possível dentro de três anos”. Não indica, contudo, o local em que será erigido o monumento.

Na ocasião, o presidente do Instituto sublinhou que o congresso que esta quinta-feira começou “foi uma experiência inovadora, num processo desafiante e possível, envolvendo a sociedade civil, a Igreja e a academia” em torno de um tema “pertinente”, sendo que “o povo português tem uma forte identidade mariana”.

Por seu turno, o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, lembrou quePortugal, apoiado na caminhada teológica da Igreja, há 375 anos, proclamou Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal”.

“As nações sobrevivem à ilusão do tempo e permanecem vivas na história dos povos se permanecer viva a fecundidade da sua espiritualidade e cultura”, afirmou, acrescentando que “a diluição espiritual de um povo significará a perda da identidade e a sua fusão num hoje sem futuro”.

No congresso, que conta com mais de duas centenas de participantes, o reitor do Santuário de Fátima lembrou que os santuários marianos marcam a paisagem portuguesa, num testemunho evidente de devoção à Virgem.

O congresso assinala os 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal e reflete “sobre a mariologia, as representações de Maria na arte e na cultura dos povos ocidentais”, sendo realizado pelo IPPEM, em cooperação com o Santuário de Fátima.

O congresso pretende ser “um fórum de estudo abrangente, nas temáticas, nas visões e nas abordagens, através de diferentes contributos relativos aos estudos da Mariologia, da Teologia e da Bíblia, da Religiosidade Popular, das Associações de Fiéis e das Ordens Religiosas (…), do Direito Canónico, da Antropologia e da Sociologia, da Arte e da História da Igreja, da História de Portugal e até da História Universal”, segundo informação do Santuário.

No domingo, dia 27, em Vila Viçosa, e ainda no âmbito do programa do congresso, está prevista a exposição das três coroas de Nossa Senhora em Portugal — Nossa Senhora da Conceição (Vila Viçosa), Sameiro (Braga) e Fátima.

Em Portugal, o dia 8 de dezembro é feriado religioso, assinalando o dia da Imaculada Conceição, padroeira nacional, mas para muitos é desconhecida a história que começou em 25 de março de 1646, com D. João IV.

Rei profundamente devoto, o monarca consagrou os “Seus Reinos e Senhorios” a Nossa Senhora da Conceição, representada numa escultura existente na igreja que, séculos antes, Nuno Álvares Pereira mandara construir em Vila Viçosa, em agradecimento por Nossa Senhora ter ouvido as suas preces nas batalhas dos Atoleiros (1384), Aljubarrota (1385) e Valverde (1386).

Naquele longínquo 25 de março de 1646, D. João IV colocou a sua própria coroa na imagem de Nossa Senhora da Conceição, como agradecimento por ter recuperado a independência de Portugal face aos espanhóis.

Além de padroeira, Nossa Senhora da Conceição foi elevada a rainha de Portugal e, a partir de então, mais nenhum rei ou rainha portugueses usaram coroa na cabeça. A coroa real, em algumas circunstâncias, surgia colocada sobre uma almofada ao lado do monarca.

O congresso “Mulher, Mãe e Rainha” esteve previsto para 2021, mas foi adiado para este ano, devido à pandemia de Covid-19.

// LUSA

1 Comment

  1. Mais negócio!…
    Teorias medievais, com marketing do séc XXI!…

    “Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos de Mariologia (IPPEM)”
    O que estes “artistas” inventam para sacar dinheiro ao Estado e aos pobres de espírito!

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