Luís Miguel Costa condenado a um ano e 11 meses de prisão com pena suspensa na execução. Pena suspensa por três anos para o padre, que fica proibido de exercer durante uma década.
O padre de Viseu que estava acusado de tentativa de coação sexual agravada e aliciamento de um menor para fins sexuais foi condenado esta segunda-feira no Tribunal de Viseu a um ano e 11 meses de prisão com pena suspensa na execução.
A pena fica suspensa por um período de três anos e sujeita a um regime de prova, e o padre está obrigado à frequência de um programa para agressores sexuais de crianças e jovens, e a avaliação psicológica ou psiquiátrica.
O padre Luís Miguel Costa foi ainda condenado à pena acessória de proibição, por 10 anos, de exercer profissão, emprego, funções ou atividades públicas ou privadas cujo exercício envolva contacto regular com menores.
Ficou ainda obrigado ao pagamento de 10 mil euros à vítima por danos não patrimoniais.
Convite para o WC e mensagens sexuais
Segundo a acusação do MP, em 27 de março de 2021, “o arguido, quando se encontrava sentado ao lado de um menor”, que na altura tinha 14 anos, “tocou com a sua mão na mão da vítima e, pouco depois, deu-lhe conta do seu propósito de se relacionar sexualmente” com ele.
“De seguida, convidou o menor para se encontrar com ele no WC, local onde, puxando-o para junto de si, aproximou os seus lábios aos dele, procurando repetidamente beijá-lo na boca, o que este evitou”, acrescentou.
O MP referiu ainda que, “pouco depois”, o padre mandou “diversos SMS para o telemóvel do menor, aliciando-o para um encontro a fim de se relacionar sexualmente com ele”.
Em maio de 2022, depois de Luís Miguel Costa ter sido ouvido durante a fase instrutória do processo, o advogado Paulo Duarte disse aos jornalistas esperar que o seu cliente “não esteja, nem sirva nunca, de bode expiatório para expiar as culpas de quem quer que seja, nomeadamente de instituições”.
ZAP // Lusa
Os padres e os poderes, esses e outros, justificados por conceitos preceitos e preconceitos, todos sustentados em angélicas teorias e más práticas, que lhes oferecem a confiança dos pobres de espírito e da sua fé, para os usarem e abusarem, à medida da cobiça, luxúria e outras arbitrariedades que o disfarce lhes permite.
Jamais confiaria uma criança a nenhum desses abutres, que pairam sobre as suas presas em rodopios pretensamente graciosos mas tão somente gulosos, até ao amplexo final.