“Pacemaker” cerebral pode aliviar sequelas de traumatismos cranianos

ZAP // Dall-E-2

Um implante cerebral inovador pode melhorar as funções cognitivas de pessoas que tenham sofrido traumatismo cranianos. O estudo que permitiu tal conclusão envolveu seis indivíduos que ficaram com sequelas graves, após traumatismos ocorridos entre três a 18 anos antes.

Um estudo publicado esta segunda-feira na Nature Medicine apresenta um novo tipo de implante que pode aliviar, significativamente, as funções cognitivas em indivíduos que tenham tido traumatismos cranianos, mesmo vários anos após a lesão.

Os traumatismos, frequentemente causados por impactos severos, podem resultar em deficiências temporárias ou duradouras em vários aspetos, incluindo funções cognitivas, como explica o autor principal autor Jaimie Henderson.

“Um dos principais problemas é que realmente não existem terapias eficazes para lesão cerebral traumática”, lamentou o investigador da Universidade de Stanford (EUA), citado pela New Scientist.

O novo implante estimula o tálamo – região cerebral crucial associada com a alerta, aprendizagem e memória.

O implante é descrito pelos investigadores como “semelhante a um pacemaker, emitindo pulsos elétricos para partes específicas do cérebro.

Participaram no estudo seis indivíduos que ficaram com deficiências cognitivas, após traumatismos cranianos moderados a severos, resultantes de incidentes ocorridos entre três a 18 anos antes.

Os participantes foram submetidos a uma avaliação neurológica, antes e depois da intervenção cirúrgica.

O dispositivo foi programado para funcionar 12 horas por dia, coincidindo com as horas de vigília dos participantes.

Após um ano, cinco participantes mostraram uma melhoria de 15 a 52%.

Jaimie Henderson diz que, “no geral, o tratamento poderá trazer benefícios para pessoas que não têm outras opções de tratamento”.

“A estimulação cerebral profunda poderia ajudar milhões de pessoas que sofrem, muitas vezes em silêncio com os efeitos de lesões cerebrais traumáticas”, acrescentou.

Miguel Esteves, ZAP //

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