Ozempic associado a uma redução do risco de demência

Uma nova pesquisa descobriu uma correlação entre os diabéticos que tomam Ozempic e um menor risco de demência, em comparação com outros diabéticos que tomam outros medicamentos para a doença.

Segundo um novo estudo de Oxford, o Ozempic pode reduzir o risco de demência. O medicamento para diabetes também pode reduzir a dependência de nicotina, conforme apresentado no relatório do periódico eClinical Medicine. A análise levou em conta mais de 100 mil registos de pacientes nos EUA, com 20 mil pacientes que estavam a tomar semaglutida.

Para o estudo, os investigadores compararam semaglutida a três outros tratamentos para diabetes: sitagliptina, glipizida e empagliflozina. Mediram os riscos de 22 resultados neurológicos e psiquiátricos dentro de um ano de tratamento com esses diferentes medicamentos.

Em comparação com os outros medicamentos, o Ozempic foi associado a um menor risco de problemas cognitivos.

“Os nossos resultados sugerem que o uso de semaglutida pode se estender além do controlo da diabetes, potencialmente oferecendo benefícios inesperados no tratamento e prevenção do declínio cognitivo e abuso de substâncias”, afirma Dr. Riccardo De Giorgi, professor clínico do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford e principal autor do estudo.

“As descobertas do nosso estudo, portanto, não apenas ajudam a tranquilizar os milhões de pacientes que dependem da semaglutida para o controlo do diabetes, mas, se confirmadas, também podem ter implicações significativas para a saúde pública em termos de redução do déficit cognitivo e das taxas de tabagismo entre pacientes com diabetes”, acrescenta o médico.

Mas no comunicado divulgado pela própria Oxford, os investigadores dizem que são precisas mais pesquisas e que ainda não está claro como a semaglutida pode ter esses efeitos.

“O nosso estudo é observacional e esses resultados devem, portanto, ser replicados num ensaio clínico aleatório para confirmar e ampliar as nossas descobertas”, concluem os investigadores.

Outra ressalva é que os resultados do estudo estão limitados a pessoas que têm diabetes.

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