A diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), Eugénia Quaresma, diz que há funcionários da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) em ‘burnout’. Os recursos humanos não estão a ser suficientes.
Os problemas na e com a AIMA ainda não pararam, desde que agência começou a funcionar, em outubro do ano passado.
Esta segunda-feira, a diretora do OCPM denunciou que há funcionários a entrar em esgotamento.
“Nós sentimos e nós sabemos que os funcionários da AIMA estão, alguns, a entrar em ‘burnout’, portanto, estão mesmo a trabalhar fora de horas”, afirmou Eugénia Quaresma, em conferência de imprensa, no Santuário de Fátima, onde arrancou a peregrinação internacional de agosto, que integra a peregrinação nacional do migrante e do refugiado.
Esta responsável adiantou que existem “instituições da Igreja que estavam a receber ‘e-mails’ fora de horas”.
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) convocou uma greve às horas extraordinárias na AIMA, por falta de recursos humanos.
“O que nos levou a tomar esta decisão foram os problemas que estão a acontecer na AIMA desde a sua entrada em funcionamento, que estão muito ligados à falta de pessoal”, disse à Lusa Artur Cerqueira, dirigente da FNSTFPS.
O pré-aviso de greve tem um prazo entre 22 de agosto e 31 de dezembro.
A diretora da OCPM reiterou que “este tempo de transição [do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para a AIMA] está a ser aflitivo, apesar de todos os esforços para que as pessoas mantenham a calma e mantenham a serenidade”.
Manifestações de interesse indevidas
Sobre o eventual impacto da alteração legislativa dos critérios de entrada de imigrantes em Portugal, Eugénia Quaresma considerou que “fez sentido parar com as manifestações de interesse, porque estava a haver um uso indevido”.
“Elas foram criadas para responder, em tempo útil, a uma realidade, à necessidade de mão de obra que nós temos em Portugal”, referiu, admitindo ter começado a existir um abuso que criou “um problema ao sistema”.
O Plano de Ação para as Migrações, apresentado em junho pelo Governo, inclui o fim do mecanismo de manifestação de interesse, que permitia a um imigrante obter uma autorização de residência.
No mesmo mês, o então presidente da nova Agência paras Migrações informou que existiam 410 mil processos pendentes de imigrantes em Portugal.
Falando na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Luís Goes Pinheiro afirmou que existem 342 mil pendências no capítulo de “manifestações de interesse e processos administrativos de autorização de residências”, a que se somam “70 mil processos que estão em tramitação”.
No total, é um valor máximo de pendências “ligeiramente acima dos 400 mil” pedidos por resolver pelas autoridades portuguesas, afirmou aos deputados Goes Pinheiro.
ZAP // Lusa
Pergunta logica ; A culpa é de quem entra no País sem minimas condições ou de quem os deixam entrar para os melhor explorar ? ………………….. Imigração , sim , mas com enquadramento legal ! . O que assistimos sobretudo , nas grandes Cidades deveria envergonhar sobretudo , o Inquilino de Belém . Há que por un termo a esta orquestrada ignominia !