Os recordes que foram batidos no Mundial do Qatar

 

Ronald Wittek / EPA

O Mundal 2022 da Fifa, realizado no Qatar, foi um torneio em que aconteceu de quase tudo.

De seleções que surpreenderam a algumas tristes decepções, não podemos esquecer o espetáculo que alguns jogadores deram em campo.

Foram 64 partidas, que consagraram a Argentina como campeã do torneio, e vão deixar muitas lembranças na memória dos adeptos.

Mas também foi um Mundial repleto de recordes, batidos tanto pelo torneio quanto pelos jogadores, sobretudo Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.

Lionel Messi e o seu percurso lendário

A participação de Messi no Mundial do Qatar foi apoteótica.

Aos 35 anos, o argentino derramou as últimas gotas do seu imensurável talento, uma a uma, neste Mundial.

E essa atuação espetacular também lhe rendeu alguns recordes, como o de jogador com mais partidas disputadas em Mundiais: 26. O recorde pertencia ao alemão Lothar Matthäus, que disputou 25 jogos.

Além disso, no Qatar, Messi tornou-se o maior marcador da seleção argentina em Mundiais: com os dois golos marcados contra a França, chegou a 13 golos — passando Gabriel Omar Batistuta, que fez 10. Conseguiu superar, inclusive, um ícone histórico como Pelé, que marcou 12 com a camisola do Brasil.

Mas ficou longe dos 16 golos marcados pelo alemão Miroslav Klose, que é o maior goleador da história dos Mundiais.

Além dos sete golos marcados no Qatar, o camisola 10 da Argentina conquistou o feito histórico de marcar em todas as partidas da fase eliminatória: nos oitavos de final contra a Austrália, nos quartos contra os Países Baixos, na meia-final contra a Croácia e na final contra a França.

Ronald Wittek/EPA

Segundo golo de Messi na final do Mundial 2022

E como se não bastasse, o capitão argentino tornou-se o primeiro jogador a dar assistências em cinco Mundiais diferentes.

Isso também significa que se junta ao grupo restrito de jogadores que disputaram cinco Mundiais — ao lado do alemão Matthäus, dos mexicanos Antonio Carbajal e Rafa Márquez e do português Cristiano Ronaldo.

Penáltis e mais penáltis

Com o penálti concedido na final, a Argentina bateu mais um recorde: o de seleção que teve mais penáltis marcados a seu favor num Mundial, somando cinco.

A seleção sul-americana superou assim a marca de quatro penáltis que os Países Baixos cobraram em 1978 e Portugal, em 1966. No entanto, nem os Países Baixos nem Portugal conseguiram conquistar o título, feito que a Argentina conseguiu.

Além disso, o triunfo argentino no Qatar traz o troféu de volta à América do Sul. Algo que não acontecia desde que o Brasil ganhou o Mundial de 2002 na Coreia do Sul e no Japão.

Mbappé e a sua marca na final

Apesar da derrota, a atuação de Kylian Mbappé na final foi histórica. Três golos que permitiram à França ir para a disputa de penáltis — e que fizeram do atacante do PSG o melhor marcador do torneio com oito golos.

No total, o francês já conta com 12 golos em Mundiais.

Portanto, está só a quatro golos do recorde de Klose — e isso com apenas dois torneios disputados e 23 anos.

Além disso, com o hat-trick contra a Argentina, tornou-se o segundo a alcançar o feito numa final de um Mundial, depois do inglês Geoff Hurst em 1966. E, somando-se estes ao golo que marcou na final contra a Croácia em 2018, Mbappé é o primeiro a ter marcado 4 golos em finais de Mundiais.

O legado de Cristiano

Havia muitos jogadores lendários neste Mundial. Um deles era, claro, Cristiano Ronaldo, que deixou mais alguns recordes.

O principal deles é que, com o seu golo contra o Gana, tornou-se o único jogador a marcar em cinco Mundiais diferentes.

Ronaldo marcou nas edições da Alemanha (2006), África do Sul (2010), Brasil (2014), Rússia (2018) e agora no Qatar (2022).

Portugal / Twitter

Cristiano Ronaldo

Além disso, com sua participação no Qatar, ele também passou a integrar o pequeno grupo de jogadores que já disputaram cinco Mundiais.

Os recordes do torneio

Vamos começar pelos golos. O Mundial terminou com 172 golos marcados, um recorde absoluto dos Mundiais, superando as edições de 1998 (França) e 2014 (Brasil), quando foram feitos 171 gols.

Mas, talvez, o principal feito deste Mundial seja que, pela primeira vez na história dos Mundiais masculinos, um trio de arbitragem composto por mulheres ficaria encarregado de apitar um jogo.

Aconteceu no confronto Alemanha x Costa Rica, quando Stephanie Frappart, Neuza Back e Karen Díaz arbitraram a partida.

Mas o torneio de 2022 bateu recordes desde a primeira partida: o Qatar tornou-se a primeira seleção anfitriã a perder no jogo de abertura. A isso soma-se o facto de que foi a primeira seleção organizadora a perder as três partidas que disputou.

Em poucos dias, foi registada a partida mais longa da história dos Mundiais na fase de grupos.

Foi o jogo Inglaterra x Irão, que teve, ao todo, 117 minutos — porque o árbitro da partida decidiu adicionar 14 minutos de descontos no segundo tempo e 10 no primeiro.

Marrocos também se tornou a primeira seleção africana a chegar às semifinais de um Mundial.

ZAP // BBC

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