500 mil corajosos felinos serviram na Primeira Guerra Mundial e tinham credenciais oficiais para embarcar nos navios, carinhosamente assinadas com a sua pata.
No início do séc. XX, o melhor amigo de muitos homens deixou de ser o cão para passar a ser o gato ou, mais especificamente, o “gato do mar”.
Além de mascotes e animais de estimação, estes corajosos felinos estiveram de serviço oficial na Primeira Guerra Mundial e viajavam com a Marinha nos seus barcos com uma missão: livrar-se dos ratos e ratazanas, que ao propagar pragas e destruindo carga, representavam um enorme problema nas embarcações.
Cerca de 500 mil gatos terão embarcado em navios na Primeira Grande Guerra, segundo o Gizmodo. De acordo com o próprio Instituto Naval dos EUA, eles e os marinheiros tinham “uma relação especial”.
“Os marinheiros supersticiosos acreditavam que os gatos os protegiam ao trazer boa sorte. Outros pensavam que a visão aguçada dos gatos ajudaria a guiá-los num naufrágio à noite, uma vez que um gato pode detetar luzes distantes com mais facilidade”, lê-se no artigo do Instituto.
O “passaporte” de Herman
A história destes felinos ficou viral devido a uma curiosa publicação do New York Times que remete à edição de 15 de janeiro de 1943, onde aparece ilustrado um passaporte, emitido três dias antes, de um destes felinos, Herman, carinhosamente carimbado com a sua pata como impressão digital e com um ‘X’ no local da assinatura.
Aquilo que se pensava ser um passaporte oficial, na verdade não era, visto que os gatos não precisam destes documentos. A imagem que circulou do gato Herman não passava de uma “credencial oficial”, como se lê na legenda da imagem original.
“Sendo as precauções dos portos o que são, até o gato tem de ter o seu cartão de identificação, então esta credencial oficial, que inclui impressões das patas, foi emitida para o animal de estimação de uma unidade da Guarda Costeira de Baltimore”.