Estão a ter cada vez menos filhos, mas mais animais de estimação. Não são pais, mas levam os “filhos” ao ginásio, compram-lhes comida saudável e noites em hotéis. Os animais respondem com ansiedade.
Yena Kim tem 37 e chegou a ficar sem seguro de saúde para poder pagar o seguro dos seus dois cães.
Bohdi, o seu Shiba Inui, é o modelo da sua marca de roupa para cão, que criou para poder passar o dia todo o ele. Quem conta esta história, e outras semelhantes, é o Business Insider, que afirma que “os millennials estão a fazer 40 anos — e isso está a assustá-los”.
De facto, em 2022, as percentagens de mulheres norte-americanas entre os 30 e os 39 anos (millenials, portanto) que não tiveram filhos foram as mais elevadas desde, pelo menos, 1976, escreve o jornal.
Este número parece proporcional à subida do valor gasto com animais de estimação, que aumentaram 67% entre 2013 e 2021. Com esta preocupação cada vez mais latente, há agora empresas como cafés ou hotéis de luxo para animais de estimação.
“Mesmo em casa, chegámos a um ponto em que não o deixávamos sozinho em casa“, diz um dos entrevistados ao BI. “Por isso, se comêssemos fora, íamos a um sítio que aceitasse cães e pedíamos-lhe sempre uma salsicha para cão ou partilhávamos parte da refeição com ele“.
Para além dos luxos, existem os cuidados básicos, que no fim da vida dos animais, contam entrevistados, pode atingir quase 500 euros por mês.
Mas cada vez mais se humanizam os animais de estimação, como se de bebés se tratassem. Nos seus inquéritos anuais, a Associação Americana de Produtos (AAP) para Animais de Estimação registou que os donos de animais de estimação têm vindo a gastar mais em coisas como guloseimas, comida, brinquedos e vestuário para animais todos os anos.
“A cidade de Nova York é o lar de locais como o District Dog, que faz bolos de aniversário para animais, e Love Thy Beast, que vende roupas personalizadas para cães. Hotéis de luxo para animais de estimação, como o Chateau Poochie, em Pompano Beach, na Flórida, atendem a cães e gatos em condomínios de luxo”, conta o BI.
Mas a AAP descobriu também que, este ano, a compra de produtos calmantes, como suplementos de ansiedade, difusores e mastigadores, cresceu 168% para cães e 174% para gatos desde 2018.
“[Os animais de estimação] acostumaram-se tanto a ser o centro das atenções que não sabem como lidar quando essa atenção não está lá“, e isso pode levar a comportamentos destrutivos, como ladrar demasiado ou roer móveis, explica Mark Van Wye, diretor executivo da Zoom Room, uma cadeia de ginásios de treino de cães em recinto fechado nos EUA.
Alguns especialistas culpam também esta mudança de atitude nos animais de estimação com a pandemia, que faz com que, ao ver os donos regressarem para os locais de trabalho, os animais sintam uma espécie de ansiedade de separação.
Um inquérito de 2022 da Associação para a Prevenção da Obesidade dos Animais de Estimação mostrou que 59% dos cães sofriam de obesidade ou excesso de peso, um aumento de 3 pontos em relação a 2018. Este número deve-se, diz outro treinador, Sean Prichard, ao facto de os donos “alimentarem os seus cães como crianças”, dando-lhes comida de humano sempre que estes pedem.
O que estão a fazer os millenials aos animais de estimação? As opiniões dividem-se entre demonstração de afeto ou uma febre nociva. Sem filhos, os millenials parecem ter receio de ficar sozinhos. E já é sabido: quem tem medo…
E que tal chamarem às coisas quilo que elas são? Esta malta sofre de um transtorno cerebral, como é óbvio, um cão e um gato nunca substituirão um filho! cambada de idiotas!
Cada um no seu cantinho….