Um novo estudo revelou que os abelhões têm maior probabilidade de sair em busca de alimentos na luz baixa do amanhecer.
Uma equipa de cientistas da Universidade de Exeter usaram RFID – tecnologia semelhante aos pagamentos com cartão contactless – para monitorizar quando abelhas de tamanhos diferentes saíam e voltavam para o ninho. Os abelhões e algumas das mais experientes eram as que tinham maior probabilidade de sair com pouca luz.
O estudo acompanhou o comportamento das abelhas ao longo de cinco dias durante os períodos quentes da estação de floração. Apenas uma pequena proporção de abelhas deixou a colónia ao amanhecer, quando os níveis de luz estavam abaixo de 10 lux.
A visão dos abelhões é má com pouca luz, portanto, voar ao amanhecer ou ao anoitecer aumenta o risco de se perder ou ser comido por um predador. No entanto, as abelhas beneficiam de um tempo extra de colheita com menos competição por pólen ao início da manhã.
“Os abelhões têm olhos maiores do que os seus companheiros de tamanho menor e muitas outras abelhas e, portanto, conseguem ver melhor com pouca luz“, disse a autora principal Katie Hall, da Universidade de Exeter, em comunicado divulgado pelo EurekAlert. “Podemos esperar que todas as abelhas deixem a colónia para colher assim que houver luz suficiente para permitir que voem.
“Na verdade, as colónias parecem regular o início da colheita. Há um equilíbrio de riscos e recompensas com pouca luz – e a maioria das abelhas espera por níveis de luz mais altos quando conseguem ver melhor e voar mais depressa, com menos risco de predadores ou de se perderem e ficarem sem energia”.
Segundo os investigadores, a descoberta de que os abelhões mais experientes têm maior probabilidade de voar com pouca luz sugere que o conhecimento da localização dos alimentos as ajuda a navegar com segurança.
Este estudo foi publicado em maio na revista científica Ecology and Evolution.