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Cientistas chineses descobrem possível origem dos misteriosos sinais extraterrestres

pelosbriseno / Flickr

Radiotelescópios do Observatório Very Large Array (VLA) no Novo México, EUA.

Cientistas chineses encontraram uma nova explicação para as misteriosas e rápidas rajadas de rádio. Os especialistas acreditam que os “sinais extraterrestres” são originados por um tipo específico de estrela de neutrões: as “estrelas estranhas”.

Em 2001, foi detetada a primeira rajada rápida de rádio (fast radio-burst, FRB, em inglês) por um radiotelescópio na Austrália e desde então foram registados dezenas de outros casos deste fenómeno. No entanto, estes potenciais “sinais extraterrestres” sempre foram um mistério para os cientistas.

Entre as possíveis razões para este fenómeno estão a fusão de estrelas de neutrões ou a transformação de pulsares pesados em buracos negros. Contudo, nem todos os especialistas aceitam estas hipóteses.

Agora, cientistas da Universidade de Nanquim, na China, acreditam que os “sinais extraterrestres” são originados por um tipo específico de estrela de neutrões – as “estrelas estranhas”. Estes corpos celestes têm no seu núcleo uma espécie de “sopa” de quarks, constituída por três tipos de partículas, conhecida como “matéria estranha“.

Segundo a teoria destes cientistas chineses, nas estrelas forma-se uma matéria de hadrão (constituída por neutrões) que é desalojada da estrela, formando assim uma crosta na sua superfície. À medida que o tempo vai passando, essa crosta fica cada vez mais pesada e, a dado momento, despedaça-se.

Uma estrela de quarks sem crosta torna-se, durante algum tempo, numa fonte de pares de eletrões e positrões, gerando um campo eletromagnético e fazendo com que os eletrões e os positrões acelerem até velocidades próximas da velocidade da luz. Ao acelerarem, as partículas emitem uma radiação que é detetada como uma rajada de rádio.

Depois, a crosta regenera e o ciclo repete-se de novo. a formação da nova crosta de hadrões pode levar muito tempo, o que explica o facto de os casos de rajas rápidas de rádio serem raros.

O estudo, intitulado Fast Radio Bursts do colapso de Strange Star Crusts, foi publicado no The Astrophysical Journal.

ZAP // SputnikNews / RT

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