Orçamento do Benfica “aprovado à tangente” afinal foi chumbado

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S.L.Benfica

Rui Costa discursa durante Assembleia Geral do Benfica

Um grupo de sócios do Benfica representado por Francisco Benitez alega que o orçamento ordinário de exploração e investimentos e o plano de atividades para o exercício 2024/25 não obteve a maior absoluta dos votos dos sócios, pelo que terá sido afinal chumbado.

O Movimento Servir o Benfica, representado por Francisco Benitez, candidato derrotado por Rui Costa nas últimas eleições, alega que o orçamento apresentado na Assembleia Geral deste sábado foi chumbado, ao contrário do anunciado pelo presidente da mesa, Fernando Seara.

Segundo um documento divulgado pelo Movimento, a que o jornal A Bola teve acesso, de acordo com os Estatutos do clube, a aprovação do orçamento do exercício requeria a maioria absoluta dos votos dos sócios presentes na Assembleia.

Na reunião magna deste sábado, o orçamento em análise recebeu apenas 47,61% de votos a favor, abaixo dos 50% mais um voto necessários para a maioria absoluta. O documento recebeu 43,20% votos contra e 9,19% abstenções, num universo de 1.992 votantes na assembleia-geral, iniciada às 16:00 e terminada às 23:30.

O Movimento Servir o Benfica questiona a Direção do Sport Lisboa e e Benfica sobre o chumbo do orçamento. A Direção irá apresentar documento corrigido, ou irá fazer como em 2020 quando a Direção liderada por Luís Filipe Vieira não se dignou a apresentar novo documento orçamental após o chumbo dos associados?”, lê-se no documento, citado pelo desportivo.

O nº 1 do artigo 57.º dos Estatutos do Benfica, que se encontram disponíveis online e que o ZAP consultou, determinam efetivamente que “salvo disposição em contrário da lei ou dos presentes Estatutos, as deliberações da Assembleia Geral são tomadas por maioria absoluta dos votos dos associados presentes”.

Após análise ao documento, o ZAP não conseguiu encontrar qualquer disposição que altere o disposto neste artigo no que diz respeito a deliberações da Assembleia Geral. Diversas disposições estabelecem outras percentagens de votos, da maioria simples para decisões da Direção até maioria qualificada de 3/4 para alterações estatutárias.

À luz dos estatutos atuais, diz o jornal Record, o chumbo do orçamento do exercício não tem qualquer consequência prática, e a Direção do clube nem sequer está obrigada a apresentar um novo documento a sufrágio em AG.

De acordo com o desportivo, o Movimento ‘Servir o Benfica’ quer alterar esta situação na revisão estatutária em curso, propondo que caso o orçamento seja reprovado, a direção tenha um prazo de 30 dias para elaborar e apresentar novo orçamento”.

A proposta de revisão estatutária do movimento representado por Francisco Benitez propõe que a reprovação do novo orçamento por parte da AG implica a imediata demissão da direção.

ZAP //

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