Operadoras desceram preços para competir com a Digi — mas voltaram a subi-los

ZAP // Digi; Vodafone; Meo; NOS

Apesar de terem inicialmente baixado os preços para competir com a entrada da Digi, as operadores de telecomunicações voltaram a subir os custos dos pacotes.

A entrada da Digi no mercado de telecomunicações em Portugal, com preços agressivamente baixos, gerou uma onda de ajustes por parte das principais operadoras.

De acordo com dados da Anacom, empresas como Meo, Nos e Vodafone alteraram rapidamente os seus preços e lançaram novas ofertas para competir com a recém-chegada. Contudo, algumas destas operadoras acabaram por reverter os preços em alta após as descidas iniciais.

A Digi lançou serviços de banda larga fixa com mensalidades a partir de 10 euros, obrigando a Meo e a Nos a reduzirem os seus preços mínimos de 25,99 e 24,99 euros para 15 e 12,50 euros, respetivamente. No segmento de telemóvel, a oferta da Digi por 4 euros levou as concorrentes a cortarem os preços para 7 euros no caso da Meo, e para 5 euros na Nos e na Vodafone.

Além disso, a introdução de pacotes combinados pela Digi, como banda larga fixa e televisão por 22 euros, forçou as principais operadoras a lançarem ofertas semelhantes, com mensalidades a oscilar entre 22 e 25 euros. Para pacotes que incluem banda larga e serviço móvel, a Digi apresentou um preço de 14 euros, enquanto as concorrentes reduziram os pacotes para valores entre 20 e 22 euros.

Contudo, o impacto inicial no mercado foi seguido por uma marcha-atrás nos preços de algumas operadoras. A Nos, em particular, aumentou as mensalidades após as promoções iniciais criadas para combater a chegada da Digi, com o preço da banda larga fixa a subir de 12,50 euros para 15 euros em dezembro. A Vodafone também lançou uma oferta de banda larga fixa a 15 euros após a entrada da Digi.

No serviço telefónico móvel, a Nos aumentou a sua mensalidade mínima de 5 euros para 8 euros em dezembro. Situação semelhante ocorreu com pacotes combinados. A mensalidade da banda larga fixa e serviço móvel subiu de 20 para 23 euros, e os pacotes que incluem televisão foram ajustados de 30 para 33 euros.

A Anacom destaca que estas flutuações refletem o impacto direto da estratégia de preços competitivos da Digi no mercado nacional, provocando tanto uma reação inicial das grandes operadoras quanto reajustes subsequentes. A Nowo, adquirida pela Digi em outubro de 2024, manteve os preços inalterados, alinhando-se com a política agressiva de preços baixos.

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