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Marcelo presidente à primeira (e vence em todos os distritos)

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Orlando Almeida / Instagram

O novo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O novo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

De acordo com os dados divulgados pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, Marcelo Rebelo de Sousa obteve 52% dos votos, tornando-se no 20º Presidente da República portuguesa, o 5º desde o 25 de Abril de 1974, sucedendo a Aníbal Cavaco Silva.

“É o povo quem mais ordena. Foi o povo que me quis dar a honra de ser Presidente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, candidato eleito, no seu discurso de vitória perante os apoiantes, na Faculdade de Direito de Lisboa.

Marcelo garantiu que “não abdicará de se reger pelas suas convicções e ideias”.

O candidato eleito presidente cumprimentou os restantes candidatos e frisou que não eram seus “adversários” mas seus “oponentes”.

Marcelo garante que o Presidente é “o primeiro a querer que o Governo governe com eficácia e que a oposição cumpra o seu papel”.

Vou unir, vou acabar com as cicatrizes“, garantiu o novo presidente.

Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu a eleição à primeira volta, com um resultado de 52,11% dos votos.

Marisa e Tino surpreendem, Belém e Edgar Silva desiludem

Marcelo conseguiu mesmo um facto inédito: venceu em todos os distritos à primeira volta, algo que nunca nenhum candidato tinha conseguido.

Mesmo em Beja, onde a direita raramente consegue ganhar, o novo presidente da República venceu Sampaio da Nóvoa por apenas 141 votos.

Em Lisboa, o próximo Presidente da República obteve 49,74% dos votos e no Porto 51,28%. Nos Açores, Marcelo conquistou 58,07% e na Madeira obteve 51,35%.

António Sampaio da Nóvoa obteve o seu melhor resultado no distrito de Beja, com 31,47% dos votos, e na Madeira registou o seu pior resultado (11,27%). Nos Açores, Sampaio da Nóvoa conquistou 21,54% dos votos.

Em Lisboa, o antigo reitor da Universidade de Lisboa conquistou 25,83% dos votos e no Porto 21,77%.

Resultados apurados:

  • Marcelo Rebelo de Sousa 52,11%
  • Sampaio da Nóvoa 22,82%
  • Marisa Matias 10,12%
  • Maria de Belém 4,24%
  • Edgar Silva 3,91%
  • Vitorino Silva 3,29%
  • Paulo de Morais 2,15%
  • Henrique Neto 0,83%
  • Jorge Sequeira 0,30%
  • Cândido Ferreira 0,23%
  • Votos Nulos: 43.207 (0.92%)
  • Votos Brancos:57.919 (1.24%)

A abstenção foi de 51,16 por cento, a segunda maior de sempre em eleições presidenciais.

Sampaio da Nóvoa: “Marcelo é o meu Presidente”

“Em democracia, as eleições ganham-se por um voto e perdem-se por um voto”, afirmou António Sampaio da Nóvoa no seu discurso eleitoral.

“Faltou pouco para passar à segunda volta, e esse pouco, é exclusivamente responsabilidade minha, porque a mobilização das pessoas foi impressionante”, disse.

Sampaio da Nóvoa cumprimentou Marcelo, e garantiu: “é, a partir de agora, o meu Presidente“.

“Também agora, neste momento, quero contribuir para esta união em torno do novo Presidente da República, sem hesitações, sem reticências”, disse  o ex-reitor da Universidade de Lisboa.

“Temos de estar à altura deste tempo, com a força tranquila de convergências internas para melhor nos afirmarmos no exterior”, exortou Sampaio da Nóvoa.

“Esta noite, temos que estar orgulhosos do que fizemos, da marca de cidadania que deixámos. Sabemos que não temos dias fáceis pela frente”,alertou o candidato.

GUE/NGL / Flickr

A eurodeputada Marisa Matias, do Bloco de Esquerda (BE)

Marisa com mais votos que Louçã

Marisa Matias, candidata do Bloco de Esquerda, foi a outra vencedora da noite, ao garantir o terceiro lugar, à frente de Maria de Belém Roseira.

A candidata presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, considerou que “há uma enorme onda de esperança que está a crescer”.

“O resultado desta candidatura é uma expressão muito clara dessa onda de esperança que está a crescer”, defendeu.

Mas “em face dos resultados provisórios, Marcelo Rebelo de Sousa ganhou as eleições e já o felicitei pela vitória. Um dos objetivos desta candidatura era conseguir uma segunda volta e esse objetivo não foi atingido”, assumiu Marisa Matias.

Esta noite sabe-me a democracia. Em democracia não há nada mais precioso do que a vontade do povo”, respondeu, quando questionada sobre a que lhe sabia este resultado eleitoral.

Marisa Matias teve o melhor resultado de sempre de um candidato do Bloco de Esquerda em eleições presidenciais, tendo obtido mesmo mais votos do que Francisco Louçã em 2006.

ZAP

6 Comments

  1. Vejo comentadores em directo na tv a dizerem que a abstenção não é importante e outras tantas baboseiras em nome de partidos que nem deviam existir nesta campanha,vejo destaques apenas a alguns como por exemplo quando o tino falava em direto ser preferível mostrar imagens do Marcelo a chegar e não a falar, vejo falarem mas não destacarem qual a importância do Tino ter tantos votos foram 250 mil pessoas que votaram nele e que se não fosse assim a abstenção podem ter certeza que era maior, sim porque muita gente só foi votar e no Tino para dar uma chapada aos Partidos mas claro a comunicação social não quer ver dessa forma pois não interessa esse tipo de coisas ao Pais, enfim mais umas eleições em que o Povo quis mais do mesmo, no final aparecem todos por aqui a queixarem de que está mal mas nada querem mudar.
    E sim pena neste Pais as pessoas duras do povo terem deixado de acreditar na Politica e nos Políticos muito por culpa destes mas que lhes convém que até assim seja pois se estes decidissem ir votar se calhar a coisa era outra .

  2. Eu sempre sou que votar em Sampaio da Nóvoa era o mesmo que votar em Marcelo.
    Não havia dois candidatos do PS mas sim dois da direita.

  3. Pode não ser o meu eleito mas vou tolerar o Marcelo sim! contudo, quem não votou, tb não terá direito a reivindicar nada. Ea comunicação social ganhou este “round”!…

  4. Entendo enquanto ZÉ, que de todos os candidatos foi e é o melhor.
    Abstenção, todos sabemos que os políticos estão descredibilizados, pois ao longo dos anos utilizaram a mentira para atingir os seus interesses, e o ZÉ só foi lembrado até ao dia do voto, a partir daí esquecimento total.
    Como é evidente o não ir às urnas de voto não tem justificação, pois existem muitas opções incluindo o voto em branco.
    Entendo por isso que o voto devia ser obrigatório.
    Aproveito este correio para fazer um pedido aos responsáveis políticos, que não utilizem o chavão de esquerda e direita isto causa vómitos, o após 25 de Abril já lá vai, admito estar a ser ignorante, aí peço que me expliquem qual a bitola que define o ser de esquerda ou ser de direita.
    Eu quando observo os responsáveis dos partidos PS, PCP, BE e outros, que dizem a esquerda nós de esquerda é que somos os sérios e os bem comportados, deixando a entender quer todos os outros são os responsáveis por todos os males do meu PORTUGAL.

  5. Nove contra um e este obter mais de metade dos votos que os outros todos juntos é muita fruta e da azeda para os DDT (Donos Disto Tudo) da esquerdola que mesmo a perder se imaginam sempre vencedores.

  6. Ó BRIGITTE, se pensar-mos que os dois candidatos mais votados são de direita, então será o mesmo que dizer que a direita teve 74,93% dos votos. Não será exagerado…!!!

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