Barack e Michelle Obama declaram apoio a Kamala Harris: “Isto vai ser histórico”

É um dos apoios mais importantes na corrida à presidência dos EUA. Discurso de Biden “seria extraordinário… há um ano”.

Barack Obama e Michelle Obama declararam apoio a Kamala Harris na candidatura à Casa Branca.

O apoio dos dois democratas mais populares dos EUA, anunciado num vídeo que mostra Harris a atender um telefonema conjunto do antigo primeiro casal, surge num momento em que Harris continua a ganhar força como a provável candidata do partido.

A primeira voz de apoio que se ouve no telefonema é de Michelle Obama. A antiga primeira-dama fala em orgulho e momento histórico: “Não posso fazer este telefonema sem dizer à minha miúda Kamala que estou orgulhosa de ti. Isto vai ser histórico“.

O antigo presidente Barack Obama acrescenta: “A Michelle e eu não podíamos estar mais orgulhosos de te apoiar e de fazer tudo o que pudermos para que ganhes esta eleição e chegues à Sala Oval”.

Kamala Harris diz que este apoio tem muito significado e que está ansiosa pelo que se segue em conjunto. “Não consigo descrever as vossas palavras e a amizade que têm demonstrado ao longo de todos este anos”, finaliza, enquanto agradece e garante que se vão divertir neste processo.

Esta confirmação será um dos apoios mais importantes na corrida presencial.

O apoio também realça a amizade e a ligação potencialmente histórica entre o primeiro presidente negro da nação e a primeira mulher negra e de ascendência asiática a ocupar o cargo de vice-presidente.

Fora de tempo

Joe Biden falou pela primeira vez à nação depois da sua desistência a novo mandato como presidente dos EUA.

Biden destacou que “nada, nem a ambição pessoal, pode interferir no caminho de salvar a democracia” e que é altura de passar o testemunho a uma nova geração, a “vozes frescas”.

Também lembrou que ainda há mexidas a fazer no que falta do actual mandato: reforma do Supremo Tribunal, baixar os preços dos medicamentos, apoio à Ucrânia, acabar com a guerra em Gaza, entre outras prioridades.

“Tudo isto me parece muito bem, muito adequado”, começa por analisar José Teixeira Fernandes, na RTP.

Mas logo a seguir surge a crítica ao momento das suas declarações: “Este discurso seria extraordinário… se tivesse sido feito há um ano“.

O investigador de relações internacionais acha que, sobretudo quando Biden falou sobre deixar o cargo para alguém mais novo, a altura certa deveria ter sido há um ano, antes das eleições primárias do Partido Democrada. “O timing é muito importante na política. Nesta altura, o discurso é sempre uma concessão, soa sempre a louvor de última hora”.

Para o comentador, há um aspecto central naquele discurso: Biden teve nas mãos a possibilidade de sair “como um dos grandes presidentes da história dos EUA e não sai“.

“Mesmo que o resultado lhe seja favorável (vitória de Kamala Harris em Novembro), não sai. Porque toda a gente sabe que isto foi forçado, a sua saída não foi um processo voluntário, embora ele agora faça o discurso certo”, continua.

ZAP // Lusa

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