O vulcão mais ativo da Europa está a rugir. Satélites captaram a sua cólera

O aeroporto de Catânia, no leste da ilha italiana da Sicília, suspendeu todos os voos devido a uma nova erupção do vulcão Etna.

O vulcão Etna, o mais ativo da Europa, entrou novamente em erupção este domingo, lançando uma nuvem de cinzas sobre a cidade de Catânia, que foi sendo dispersa por ventos de sul.

O aeroporto de Catânia, no leste da ilha italiana da Sicília, suspendeu todos os voos devido à nova erupção, cujas cinzas cobrem o espaço aéreo da zona, anunciou a empresa de gestão aeroportuária Sac.

Numa publicação feita na rede social X (antigo Twitter), a Sac pediu ainda aos passageiros que contactassem a companhia aérea em que deveriam voar para mais informações.

Segundo o The Independent, os voos com destino a Catânia estão a ser desviados pata o aeroporto de Comiso, a 150 km do Etna.

O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) de Itália confirmou a atividade, que “se transformou numa fonte de lava” a escorrer para sul da cratera do vulcão a uma altitude de 2.800 metros.

Imagens captadas por satélite mostram a dispersão das cinzas lançadas pela erupção.

O encerramento do aeroporto coincide com o início tradicional das férias, a 15 de agosto, data que na Itália é popularmente conhecida como “Ferragosto“. A ilha da Sicília é um dos destinos preferidos dos italianos e estrangeiros no verão.

O aeroporto, situado a cerca de 60 quilómetros a sul do vulcão, já tinha suspendido as operações de voo a meio de maio, também devido a uma erupção do Etna, que não provocou feridos.

Em 2022, cerca de 10 milhões de passageiros passaram pelo Aeroporto Internacional Vincenzo Bellini, que serve a parte oriental da Sicília, um dos destinos turísticos mais populares de Itália.

O Etna, com 3.324 metros de altitude, “tem uma história eruptiva muito longa, que se prolonga há mais de meio milhão de anos, mas só nos últimos cem mil anos é que o vulcão assumiu a forma cónica que o caracteriza atualmente”, segundo o ‘site’ do INGV.

De acordo com registos históricos, uma das erupções mais greves do Etna, localizado 3.324 metros acima do nível do mar, ocorreu em 1669, e terá provocado cerca de 20 mil mortos.

De acordo com um estudo publicado em 2018 no Bulletin of Volcanology, o monte Etna está a deslizar para o Mediterrâneo, a uma velocidade média de de 14 milímetros por ano. Segundo um outro estudo, publicado no mesmo ano na Science Advances, o colapso do Etna no mar pode causar um tsunami devastador na Europa.

ZAP // Lusa

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