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O Tamagotchi está de volta, e continua com fome

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tamagotchi

Quem não se lembra do Tamagotchi? O pequeno aparelho electrónico, desenvolvido no Japão em 1996, que dava vida a um ser virtual que precisava de comida, tratamentos e até de atenção e educação.

Pois bem, a mascote virtual que muito nos ensinou sobre responsabilidade e amizade, está de volta, noticia o Gizmodo.

Chama-se Tamagotchi Friends e é a versão renovada da anterior. Agora, por exemplo, o seu companheiro digital pode transformar-se em 24 diferentes personagens adultos. Sem dúvida uma novidade, tendo em conta o solitário e inexpressivo ser electrónico que, sem outra alternativa, adorávamos em 1996.

Mas esta não foi a única coisa que mudou. Esta nova versão surge com “comunicação de curto alcance“. Por outras palavras, permite interacções entre os Tamagotchis dos nossos amigos que estejam a distâncias curtas. Desta forma, conseguem interagir, brincar e enviar mensagens uns aos outros.

E apesar de ter o dobro do tamanho do original, vem sem aquilo que costumava ser uma grande dor de cabeça: pilhas gastas. Quando a bateria acabava, acabava também a vida do companheiro virtual. Mas agora, dezoito anos depois do seu lançamento, permite a substituição de pilhas.

Quanto ao seu aspecto, permanece tão parecido quanto possível com os do passado. Sem cores nem luzes de fundo, avança o Gizmodo.

Também o objectivo permanece o mesmo: cuidar de um pequeno ser electrónico, torná-lo nosso amigo e não o deixar ‘morrer’. O Tamagotchi está aí, e continua a querer ensinar aos mais novos conceitos importantes sobre amizade e responsabilidade.

 CG, ZAP

 

3 Comments

  1. “…ensinar aos mais novos conceitos importantes sobre amizade e responsabilidade”. Com um autómato? Uma entidade virtual, programada? E que tal o convívio para a socialização, na escola, em casa (onde falha muito), com grupos (difíceis de criar nos meios urbanos)? Aí é que se aprende a amizade, a responsabilidade, a liberdade, a solidariedade, o valor da verdade, etc.
    Lembro-me de, na altura da versão anterior desta coisa, haver relatos de miúdos que mal dormiam para “alimentar” o “amiguinho” ou lhe fazer festinhas (no botão) e, nalguns casos, ficavam a bater mal se falhavam tais tarefas! Será que aprenderam a sentir responsabilidade (sem a doença da escravidão que este “bicho” impõe) e empatia pelos seus semelhantes? Parece-me mais um paliativo educativo-emocional para alijar as responsabilidades dos educadores que um instrumento sério de educação.

    • Subscrevo tudo o que o Sr AC escreveu e acrescento: não admira que o Japão tenha uma elevada taxa de suicídios. Convívio enquanto criança é importante, enfrentar dificuldades na vida e ultrapassá-las, atenção dos pais também. Infelizmente, numa era tecnológica, muitos pais esquecem-se que devem acompanhar o crescimento dos filhos em vez de lhes darem máquinas para passarem o tempo que deveriam passar com os pais. Faz parte também da responsabilidade de ser pai, preparar a criança para a vida de adulto, algo que muitos se esquecem.

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