O Sol tem um buraco gigantesco. Mede 60 Terras

Investigadores detetaram um buraco gigante, com o tamanho de 60 Terras, no equador da superfície do Sol. Está a disparar feixes de radiação, conhecidos como ventos solares, na nossa direção.

No primeiro fim de semana de dezembro, os cientistas notaram um enorme buraco na atmosfera do Sol, que mede mais de 60 vezes o diâmetro do nosso planeta. Apesar de acreditarem que a formação é apenas temporária, a verdade é que as suas dimensões são inéditas.

Buracos coronais deste género, fotografados pelo Solar Dynamics Observatory da NASA, ocorrem quando o campo magnético do Sol permite subitamente que uma enorme corrente da atmosfera superior da estrela se espalhe na forma de vento solar.

Estas partículas altamente energizadas podem chegar até nós e, se forem suficientemente poderosas, causar estragos nos satélites na órbita da Terra ou, em casos mais graves, prejudicar a rede elétrica.

No entanto, os cientistas não esperam grandes perturbações sequentes deste buraco, além de tempestades geomagnéticas menores ou moderadas e auroras boreais.

De acordo com os especialistas do Spaceweather, o buraco coronal surgiu no dia 2 de dezembro, tendo atingido a sua dimensão máxima nas primeiras 24 horas: 800 mil quilómetros. Dois dias depois, “voltou-se” para a Terra.

O aparecimento do buraco não é totalmente inesperado, uma vez que o Sol irá atingir, em breve, o pico do seu ciclo de 11 anos, conhecido como máximo solar. Com ele, irá inaugurar um período de atividade particularmente turbulento, com potenciais erupções solares ou explosões de vento solar, conhecidas como ejeções de massa coronal.

A última vez que os investigadores detetaram um grande buraco coronal aconteceu em março, tendo provocado poderosos fluxos de vento solar que atingiram a atmosfera do nosso planeta.

Desta vez, os cientistas descobriram que a atividade solar já é mais forte do que o esperado, o que significa que é provável que venhamos a assistir a mais eventos destes num futuro próximo.

ZAP //

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