O novo aeroporto é uma infraestrutura prevista apenas para a próxima década. Contudo, já se fazem planos daquilo que será do Aeroporto Humberto Delgado (Portela) após o encerramento definitivo – que acontecerá quando o novo tiver duas pistas operacionais.
A Comissão Técnica Independente (CTI), responsável pela avaliação ambiental estratégica para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, identificou o Campo de Tiro de Alcochete como o local mais indicado para a construção do novo aeroporto.
Depois da passagem definitiva para o novo aeroporto (seja em Alcochete ou não), a Portela quererá respostas, nomeadamente saber “quem é, o que faz ali e quem a abandonou”.
De acordo com o relatório da CTI divulgado esta terça-feira, a operação de reutilização dos terrenos do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, após a entrada em funcionamento do novo aeroporto, corresponderá a um negócio na ordem dos 510 milhões de euros.
Como explicado pelo principal analista económico e financeiro do estudo, Fernando Alexandre, se a opção supramencionada for mesmo para a frente, provavelmente, 14,7% da área da Portela dará lugar a habitação, comércio, serviços, hotelaria e um centro comercial – numa das “maiores intervenções imobiliárias em Lisboa nas últimas décadas”, com retorno previsto de três mil milhões de euros, refere o coordenador da análise.
O restante espaço será transformado numa grande área verde – com cerca de 407 hectares (407 campos de futebol) – tal como prevê o regulamento do Plano Diretor Municipal de Lisboa.
“No caso de cessação da atividade do Aeroporto da Portela, as áreas não edificadas, nomeadamente as pistas e áreas de circulação, e as áreas edificadas, devem ser objeto de plano de pormenor que preveja a requalificação do solo para espaço verde, com vista à reestruturação da zona para parque urbano e à reutilização dos edifícios existentes”, cita o Observador.
Dos 70 hectares que seriam urbanizados, 40% seriam para habitação e hotelaria e 60% para comércio e serviços.
As outras duas opções para a Portela seriam: ou renaturalizar tudo com um custo de 589 milhões de euros; ou urbanizar apenas 7% dos terrenos.
100% para construção?! Então não vai haver espaços verdes? E porque não retomar a Feira Popular?
Sugiro que seja um centro espacial onde as futuras naves de passageiros e carga possam pousar em segurança. Nessa altura os atuais aviões serão obsoletos e pistas longas para descolar e pousar não serão necessárias.
Tem que ler a notícia e não apenas ver o quadro…