Com cada vez mais utilizadores descontentes com as políticas do Facebook, a Ello, uma nova rede social livre de anúncios que apregoa a sua privacidade, transparência e simplicidade, pode tornar-se um concorrente legítimo ao gigante de Mark Zuckerberg.
Provavelmente nunca ouviu falar da Ello. Mas irá ouvir, em breve.
Denominada de “anti-Facebook”, a plataforma surge com a promessa de ser uma comunidade virtual sem a presença de anúncios. E, claramente, a ideia de pertencer a uma rede social sem ser bombardeado por anúncios por todos os lados, nem correr o risco de ver as informações pessoais serem vendidas a terceiros, chama a atenção dos internautas.
“Acreditamos que uma rede social pode ser uma ferramenta para o poder. Não para enganar, coagir e manipular – mas um lugar para se ligar, criar e celebrar a vida”, pode ler-se na página da rede social. “Você não é um produto”
A verdade é que a Ello está a tornar-se bastante popular, muito rapidamente. De acordo com a imprensa internacional, esta pode ser a próxima grande rede social.
A curiosidade dos utilizadores tem sido tanta que o site teve de tornar a subscrição apenas por convite – os seus servidores não conseguiam aguentar o tráfego.
Segundo avança o The Wall Street Journal, nos últimos dias, as pessoas começaram mesmo a vender convites no eBay, a preços que variam entre os 5 e os 500 dólares (cerca de 3,70 e 370 euros).
Criada pelo designer Paulo Budnitz, fundador das Budnitz Bicycles e fabricante de brinquedos, com a ajuda de uma equipa de sete pessoas, a Ello foi lançada em Março e iniciou a sua implantação em Julho.
O site começou com algumas inscrições, sendo que depressa as pessoas se lhes juntaram milhares.
Segundo Budnitz, os pedidos para entrar na rede social passaram de 4.000 para 27.000 por hora.
No início desta semana, Ello foi um dos termos mais pesquisados no Google, com mais de 150.000 pesquisas em dois dias.
Embora a rede social esteja ainda em fase de testes, já é possível navegar sem estar inscrito. Muitas das funcionalidades – comentar, mencionar outros utilizadores, ver quantas pessoas visualizaram determinado post, além das próprias actualizações dos utilizadores da plataforma – já estão disponíveis.
Irá a Ello sobreviver sem recorrer à venda da base de dados a terceiros ou a implementação de anúncios? Conseguirá destronar o Facebook?
Só o tempo dirá.
Até porque a iniciativa de criar uma rede social sem anúncios não é propriamente uma novidade, tendo já sido explorada sem sucesso.
Aos interessados em entrar na Ello, basta pedir um convite aqui.
CG, ZAP
não haver privacidade faz com que não haja confiança